Após o balanço do terceiro trimestre da Embraer (EMBR3), o BTG Pactual emitiu um novo relatório atualizando a sua visão para a empresa e citando sólidos gatilhos para as ações.
Os analistas afirmam que, apesar de entregas mais lentas na aviação comercial no terceiro trimestre da Embraer, a expectativa é de um forte desempenho no quarto trimestre, assim como observado nos anos anteriores.
Para 2025, a perspectiva da casa também é positiva, impulsionada pela recuperação da indústria da aviação.
“Mesmo com uma valorização expressiva no acumulado do ano (+103%), a Embraer negocia com um desconto de 31% em relação aos pares globais (9,3x vs. 13,4x EV/EBITDA 2025), o que consideram injusto, dada a performance sólida em todos os segmentos”, diz o relatório.
Com isso, o BTG Pactual reforçou a recomendação de compra para as ações da Embraer (EMBR3) e elevou o preço-alvo das ADRs negociadas em Nova York de US$ 39 para US$ 47.
Em um recente roadshow nos Estados Unidos, os analistas constataram que a Embraer ultrapassou o círculo de investidores focados em mercados emergentes e conquistou investidores globais.
“Mesmo com algumas preocupações sobre o ritmo de entregas, a Embraer tem superado concorrentes em um setor onde a capacidade de produção permanece limitada”, diz o relatório.
Os analistas do BTG ainda afirmam que a Embraer deve se beneficiar de um ambiente favorável em todas as divisões principais da indústria da aviação:
- Aviação Comercial: Aproveita-se da limitação de capacidade de produção, consolidando sua posição global.
- Aviação Executiva: Mantém um backlog recorde de pedidos.
- Defesa: Foca no avanço do cargueiro militar KC-390.
- Serviços e Suporte: Expansão acelerada com novas instalações de manutenção em Portugal (OGMA) e nos EUA (Texas).
Neste ano de 2024, as ações EMBR3 acumulam alta de cerca de 145%. Já neste mês de novembro, o avanço é na casa dos 13%.
No início do pregão desta segunda-feira (11), por volta das 10h10, a Embraer operava em alta de 0,35% no Ibovespa, com as ações cotadas a R$ 53,98.