A Embraer (EMBR3) anunciou um acordo recorde de até US$ 7 bilhões com a com a companhia norte-americana de aviação privada Flexjet, e em relatório, o Itaú BBA avalia o movimento como positivo.
Os analistas afirmam que o anúncio pegou o mercado de surpresa e que deve ser bem recebido. Segundo a casa, a encomenda da Flexjet reforça a confiança do investidor no forte momento da EMBR3.
O BBA destaca que o acordo amplia significativamente a carteira de pedidos da Embraer, que praticamente dobrará de tamanho após essa transação.
Isso sustenta projeções de crescimento do EBITDA em pelo menos 10% ao ano até 2028, o que, segundo a casa, poderia garantir uma taxa interna de retorno (IRR) de aproximadamente 15%. Caso os segmentos de aviação comercial e defesa acelerem sua participação nos resultados, essa taxa pode chegar a 20%, diz o relatório.
O Itaú BBA também reforçou sua visão de que as ações EMBR3 seguem sendo uma das principais apostas do setor, especialmente por conta da sua alta liquidez no mercado e da tendência positiva de revisões de lucros.
A casa tem recomendação outperform (compra) para as ações da Embraer, com preço-alvo de US$ 51 para os ativos negociados em Nova York.
Veja detalhes do acordo da Embraer (EMBR3)
A Embraer (EMBR3) anunciou que a sua divisão de jatos executivos, a Embraer Executive Jets, fechou um contrato de compra com a companhia norte-americana de aviação privada Flexjet.
O acordo inclui um pedido firme de 182 aeronaves e 30 opções, abrangendo modelos como o Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E, além de um pacote de serviços e suporte.
O contrato é avaliado em até US$ 7 bilhões, o que representa o maior pedido firme já realizado tanto pela Embraer quanto pela Flexjet.
A parceria entre as duas companhias começou em 2003, quando a Flight Options, que passou a integrar o grupo Flexjet em 2015, se tornou a primeira operadora de propriedade compartilhada a incorporar o jato Legacy Executive à sua frota.
Além disso, a Flexjet foi também a primeira cliente frotista dos jatos Praetor da Embraer, e agora adiciona a nova geração do Phenon 300E ao seu portfólio.
A expectativa é a de que, com essa encomenda, a frota da Flexjet quase dobre nos próximos cinco anos. Contudo, a Embraer não informou quando os pedidos serão incorporados à carteira e nem detalhou o cronograma de entregas.