A Embraer (EMBR3) assinou nesta quinta-feira (10) acordo coletivo com o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, estendendo os benefícios aos profissionais desligados da companhia em 3 de setembro.
No início do mês, a fabricante de aeronaves havia comunicado a demissão de 900, que se somaram aos 1,6 mil desligamentos por meio do programa de demissão voluntária (PDV) aberto pela Embraer. Em vista disso, a proposta de acordo foi analisada em assembleia virtual e 83% dos votos válidos foram favoráveis, segundo o sindicato.
De acordo com a companhia, o acordo assinado nesta quinta-feira prevê a manutenção do patamar atual de engenheiros, no nível de três mil trabalhadores, até o mês de abril do ano seguinte.
Dessa maneira, com a ampliação dos benefícios, o plano de saúde familiar passar a ser válido até o mês de junho do ano que vem, bem como o vale alimentação de R$ 450 por mês.
Embraer anuncia demissão de 900 funcionários
A empresa anunciou em 3 de setembro a demissão de 900 empregados da empresa no Brasil, o equivalente a 4,5% do seu quadro de funcionários total.
A medida, segundo a Embraer, ocorre no sentido de mitigar os impactos da pandemia na pandemia global e do cancelamento da com a Boeing, assim como da falta de expectativa de recuperação do setor de transporte aéreo no curto e médio prazo. “O objetivo é assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia”, salientou a fabricante de aviões, em nota.
“Desde o início da pandemia, a Embraer adotou uma série de medidas para preservar empregos como férias coletivas, redução de jornada, lay-off, licença remunerada e três planos de demissão voluntária (PDV). Também reduziu o trabalho presencial nas plantas industriais com o objetivo de zelar pela saúde dos colaboradores e garantir a continuidade dos negócios”, ressaltou a empresa.