A Embraer (EMBR3) quer ser maior, em receita, do que era antes da crise causada pelo novo coronavírus (covid-19) e do fim da parceria com a Boeing em um prazo de três a quatro anos, de acordo com o presidente da companhia em entrevista ao “Valor”, Francisco Gomes Neto.
“Fizemos a lição de casa. Estamos muito confiantes nesse planejamento”, afirmou o presidente da Embraer à publicação. A expectativa da companhia de aviões, que se baseia no portfólio atual e não considera potenciais parcerias, é retomar os níveis de receita pré-pandemia em 2023.
Para 2024 e 2025, esse tamanho será superado, de acordo com o “Valor”. No ano passado, a receita líquida consolidada da Embraer recuou cerca de 10%, para R$ 19,6 bilhões, afetada principalmente pelo fraco desempenho da aviação comercial, que sofreu com o novo coronavírus (covid-19).
Segundo Neto, a Embraer reduziu cerca de 2,5 mil postos de trabalho e também apresentou redução de 30% das despesas com vendas, gerais e administrativas entre o primeiro e o quarto trimestre do ano passado, totalizando cerca de US$ 399 milhões ao ano.
Já sobre o fim da parceria com a Boeing, o presidente da companhia afirmou ao jornal que a Embraer quer ser ressarcida em todos os gastos gerados pelo acordo encerrado em abril, mas não há expectativa de resolução desse conflito já em 2021.
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