Embraer (EMBR3) pode adiar entregas de aeronaves para 2021

A fabricante brasileira de aeronaves, Embraer (EMBR3), admitiu ter tido conversas com as aéreas para adiar para o ano que vem as entregas de aeronaves que seriam feitas neste ano. O motivo para estas negociações é a crise do setor, influenciada pela pandemia de coronavírus. As informações são do jornal “Valor Econômico” e foram publicadas nesta sexta-feira (27).

Em entrevista ao jornal, o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou que ainda não dá para prever o real impacto da crise provocada pela pandemia em suas operações.

Vale destacar que as fábricas da Embraer estão paralisadas até a próxima terça-feira (31). Ao jornal, Gomes Neto afirmou que os clientes da empresa em aviação comercial estão encolhendo significativamente a capacidade e isso leva um certo risco para as entregas da Embraer nos próximos meses. O executivo também afirmou ter adotado medidas como a redução das despesas e a diminuição de investimentos da empresa.

Resultados da Embraer

A Embraer registrou um prejuízo líquido de R$ 867,8 milhões no quarto trimestre de 2019. O prejuízo ajustado (excluindo-se impostos diferidos) foi de R$ 383,6 milhões.

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A receita líquida da Embraer teve crescimento de 33% em comparação com o quarto trimestre de 2018, e ficou em R$ 8,5 milhões. No ano de 2019, a receita líquida consolidada foi de R$ 21,8 milhões, alta de 16% em comparação com o ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu para R$ 270,7 milhões de R$ 502,8 milhões um ano antes. O resultado operacional e a margem operacional no quarto trimestre foi negativo de R$ 276,8 milhões e -3,2%, respectivamente.

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No período de setembro a dezembro, a Embraer informou que entregou 35 aeronaves e 46 executivas. No ano, foram 89 aeronaves e 109 executivas, “dentro das estimativas da companhia”.

“Devido à incerteza relacionada ao impacto da propagação do vírus Covid-19, a companhia está suspendendo suas estimativas para 2020″, informou a Embraer em seu relatório.

Juliano Passaro

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