O empresário e CEO da Tesla (TSLA34), Elon Musk, intimou o ex-CEO do Twitter (TWTR34), Jack Dorsey, a fornecer informações que possam ajudá-lo a encerrar o acordo de compra da rede social por US$ 44 bilhões.
Atualmente, Elon Musk está sendo processado pelo Twitter depois de afirmar que compraria a rede e, algumas semanas depois, alegar questões contratuais para recusar o acordo, assinado em abril.
Ambas as partes devem ir aos tribunais nos Estados Unidos ainda em meados de outubro, mês em que o julgamento está previsto para começar.
Os documentos divulgados na segunda (22) mostram que Jack Dorsey recebeu uma ordem judicial que pedia que ele entregasse a Elon Musk comunicações ou documentos relacionados ao acordo de compra do Twitter.
Entre as informações, Dorsey teria que compartilhar seu conhecimento sobre o número percentual de contas falsas na rede social – já que esse volume estava, segundo Musk, maior do que o previsto no contrato, posteriormente utilizado para a suspensão da aquisição.
Musk acusa o Twitter de fraude por compartilhar com ele informações supostamente enganosas. As contas falsas consideram o número de bots e contas de spam.
Enquanto o Twitter alega que o total é de menos de 5% dos usuários, Musk afirma que os documentos mostram um volume bem maior.
Twitter teve despesa de US$ 33 mi em tentativa de acordo com Elon Musk
Em balanço do segundo trimestre de 2022, a rede social afirma que gastou US$ 33 milhões com a “aquisição pendente”.
No total, o crescimento do Twitter no 2T22 foi de 31% em relação ao mesmo período do ano passado e totaliza US$ 1,52 bilhão. Já os gastos relacionados às rescisões foram de US$ 19 milhões.
Outro ponto que a tentativa de acordo com bilionário impactou no balanço do 2T22 do Twitter, ainda que parcialmente, foi uma queda de 1% (para US$ 1,18 bilhão) na receita na comparação anual, pela “incerteza” causada pela turbulenta compra de Musk.
A previsão é de que os custos e despesas do Twitter continuem a aumentar, uma vez que a batalha legal com Elon Musk ainda está longe de acabar.
De acordo com o site americano Business Insider, o Twitter contratou o principal escritório de advocacia corporativa, o Wachtell, Lipton, Rosen & Katz LLP, para ajudá-lo a processar o empresário, com o objetivo de forçá-lo a aderir ao seu acordo original e comprar a empresa.
Elon Musk concordou em comprar o Twitter por US$ 44 bilhões em abril. No início de julho, afirmou que iria abandonar o negócio, alegando falta de transparência sobre os números de usuários reais e contas falsas na rede social, o que levaria a diminuir o valor da companhia.
Os advogados do Twitter disseram que a preocupação declarada de Elon Musk com contas falsas é uma cortina de fumaça e ele só quer sair do acordo porque suas ações da Tesla caíram fortemente.