Os bancos sócios da bandeira Elo estudam vender uma fatia que pode ir de 15% e 25% da empresa na abertura de capital da companhia na Nasdaq. As informações são do Broadcast do Estadão.
A oferta pública inicial de ações (IPO) da Elo deve ocorrer ainda no terceiro trimestre desse ano, com expectativas ainda não muito precisas, mas um concorrente garantido – o PicPay, holding da família Batista, da J&F, que mira uma captação no exterior ainda em breve. A avaliação da Elo é da casa dos US$ 8 bilhões.
Dentre os bancos que visam levar a Elo para a bolsa de tecnologia americana, estão:
- Bradesco (BBDC4)
- Banco do Brasil (BBAS3)
- Caixa Econômica Federal
A burocracia exigida pela natureza destes três sócios é maior, dificultando a abertura de capital em solo americano, ainda que a companhia tenha avançado no processo. Uma das requisições, por exemplo, é a da abertura de uma empresa no exterior.
Além dos bancos que são sócios, a Elo escalou os bancos americanos Morgan Stanley, Goldman Sachs e JPMorgan para atingir a abertura de capital.
“Lá fora, a questão do valuation (avaliação de mercado) é mais volátil. Quanto mais a empresa for ligada à tecnologia, mais o múltiplo tem comparação (e é beneficiado)“, disse uma fonte próxima aos sócios em entrevista ao Broadcast.
Elo teve novo presidente para acelerar IPO
Considerado como um movimento relevante no rumo da abertura de capital, a Elo trocou seu presidente. Atualmente, Giancarlo Greco, da consultoria Accenture, ocupa a cadeira há cerca de um mês. Desde então, sua principal missão é de balizar o IPO na Nasdaq.
Além disso, o presidente da BB Seguridade (BBSE3), Marcio Hamilton, deve chegar na companhia nas próximas semanas, após troca de comando no Banco do Brasil – o que ocasionou mudança os quadros das empresas vinculadas à estatal. Nessa toada, Hamilton foi indicado à Elo.
A companhia, atualmente, possui mais de 180 milhões de cartões emitidos, sendo a principal rival das bandeiras Visa (VISA34) e Mastercard (MSCD34).
Nasdaq bate recorde histórico em mercado aquecido
Atualmente, às 14h40 do horário de Brasília, na quinta (24), a Nasdaq sobe 0,59%, a 14.356,27 pontos, com possibilidade de ampliar sua máxima histórica. Isso, pois no pregão anterior, foram 14.271,23 pontos no fechamento.
A bolsa de tecnologia visada pela Elo, assim, mantém uma sucessão de recordes em conjunto com Wall Street – ainda que com os anúncios recentes do Federal Reserve (Fed) acerca da política monetária americana, indicando alta de juros mais cedo do que era previsto.