Em novo relatório sobre a política monetária brasileira, o BTG Pactual afirma ter revisado seu cenário e agora entende que uma elevação da Selic na reunião do Copom de agosto é “altamente provável”.
A casa afirma que nas últimas semanas, já vem enfatizando que o cenário para a política monetária tem se tornado mais desafiador, com uma expansão robusta do consumo e um aperto adicional do mercado de trabalho.
“O desempenho da inflação corrente já foi motivo de melhores notícias, tendo voltado a acelerar para o teto da meta no acumulado em 12 meses. As expectativas de inflação permanecem persistentemente desancoradas”, diz o relatório.
Apesar de sinais melhores no campo fiscal, ainda persistem dúvidas significativas quanto à sustentabilidade do novo arcabouço fiscal, adicionam os analistas.
Diante disso, o Banco Central tem elevado as projeções, e de acordo com o BTG Pactual, os mercados têm reagido positivamente a essa mudança verbal de postura.
“Uma ação de política monetária se torna cada vez mais necessária e, à luz das comunicações recentes
do BC, agora consideramos altamente provável que um ciclo de alta de juros se concretize na próxima reunião do Copom em setembro”, dizem os analistas do BTG.
Casso essa alta da Selic se concretize, os cenários de flexibilização da política monetária em 2025 tendem a ser favorecidos, diz a casa, “especialmente se a política fiscal mostrar apoio”.
A expectativa de elevação da taxa Selic na próxima reunião do Copom vem ganhando popularidade no mercado. Isso porque, nesta semana, a XP também emitiu um relatório expondo essa visão.
Segundo a casa, a taxa de juros oficial do país deve ser elevada em 0,25 ponto percentual em setembro. Posteriormente, o Copom ainda deve elevar a Selic em 0,50 ponto percentual duas vezes neste ano, e em janeiro do ano que vem, subir mais 0,25 pp.