Seis meses depois de ser adquirida pela empresa italiana Enel, a Eletropaulo muda de nome e será Enel Distribuição São Paulo. O anúncio foi realizado nesta segunda-feira (3) pela empresa italiana.
As contas de luz já mostravam indícios da troca, quando foi alterado o azul escuro tradicional da AES Eletropaulo, pelo rosa claro característico da Enel.
Desta forma, as lojas, os sites e os canais digitais da distribuidora serão alinhados com o novo nome, assim como a frota e os uniformes.
Entre 2019 e 2021, a Enel Distribuição São Paulo vai investir R$ 3,1 bilhões de reais, para realizar melhorias na qualidade de serviço e também na instalação de equipamentos e sistema de telecontrole.
De acordo com a Enel, o sistema de telecontrole serve para fazer o monitoramento e gestão em tempo real das redes, gerando aumento na confiança e na eficiência.
Conforme a companhia, em São Paulo a atuação será na modernização e digitalização da rede elétrica. Entretanto, as soluções digitais serão oferecidas pela EnelX.
Outra modificação será no aplicativo da distribuidora, que terá novas funções, por exemplo a renegociação de dívida.
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Compra
A compra foi fechada em junho deste ano onde a Enel pagou R$ 5,552 bilhões por 73% da Eletropaulo. Desta forma, a empresa italiana se tornou líder em distribuição de energia no Brasil.
Com a transação, a companhia se comprometeu a aumentar em pelo menos R$ 1,5 bilhão o capital da distribuidora paulista.
Briga
A disputa pela Eletropaulo começou em março de 2018. A Enel fez uma oferta de valor desconhecido para obter a participação da AES no negócio. Em seguida, a Energisa fez um investida de R$ 19,38 por cada ação da empresa.
Depois disso, a Neoenergia (grupo espanhol Iberdrola), entrou na disputa e passou a brigar com a Enel lance a lance. Por causa dos valores altos dados pelas rivais, a Energisa acabou desistindo do negócio.
A Neoenergia chegou a fechar um acordo com a Eletropaulo, mas a emissão dos papéis foi suspensa por causa de uma proposta ainda maior da Enel. Mas a empresa espanhola chegou a pedir arbitragem no mercado brasileiro para verificar a suspensão.
Além disso, a disputa entre as empresas chegou até a União Europeia. A Neoenergia alegou que a Enel tinha vantagem para fechar o negócio por possuir controle estatal. Mas a companhia italiana declarou que as queixas feitas visavam apenas atrapalhar uma concorrência justa.
Com a compra do controle da Eletropaulo, a Enel passou a ser líder em distribuição de energia. Desta forma será adicionado 7 milhões de consumidores à base de clientes da Enel no Brasil, que alcança 17 milhões.