Eletromidia (ELMD3) estreia na B3 em queda de 0,51%
A Eletromidia (ELMD3) estreou na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) nesta quarta-feira (17) em queda. A companhia de mídia urbana realizou uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que movimentou R$ 871,6 milhões.
Após um período em leilão no início das negociações, as ações da Eletromidia recuavam 0,51%, para R$ 17,72. A empresa havia precificado suas ações a R$ 17,81, piso da faixa indicativa, que ia até R$ 23. A empresa foi listada no Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da Bolsa brasileira.
A operação consiste na oferta primária de 39.303.762 ações (parte do levantamento de recursos que vão para o caixa da empresa), equivalente a R$ 700 milhões. A oferta secundária, que vai para o bolso dos atuais investidores, perfaz os outros R$ 171,6 milhões, com a venda de 9.637.054 ações.
Segundo o prospecto do IPO enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Eletromidia visa utilizar os recursos líquidos captados na operação da seguinte forma:
- Projetos de expansão orgânica (77%);
- Novas concessões (16%);
- Investimento em tecnologia (7%).
Atualmente, os principais investidores são o fundo Vesuvius, que controla 80,5% e deve cair para 48,2%; Olonk Empreendimentos, que detém 5,9% e pode ver sua fatia cair para 3,3%; e Ricardo Romeiro Otero, que possui 5,5% e pode cair para 2,3%.
Ademais, poderá ocorrer ainda a oferta de até 6.383.585 papéis suplementares, proporcionais a 15% do total de ações inicialmente ofertado, sendo parte oferta primária e parte secundária
Após a operação, até 58.088.352 de ações estarão em livre circulação (free float), o que representa 42,86% do capital social da Eletromidia. Caso sejam exercidos os lotes adicionais e suplementares, cerca de 51,75% do capital social estarão na mão do mercado.
O oferta será coordenada por Morgan Stanley, com a participação de Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander (SANB11) e UBS BB.
Sobre a Eletromidia
A Eletromidia é uma das maiores companhias de mídia out-of-home no Brasil em volume de faturamento e número de telas dispostas ao mercado. Criada em 1993, hoje a companhia impacta aproximadamente 22 milhões de pessoas por dia, em 18 estados brasileiros.
“Do deslocamento ao trabalho em transportes públicos, do momento de lazer em shopping centers ao retorno para casa em elevadores corporativos e residenciais, a Companhia se faz presente em locais de alto tráfego conectando marcas e consumidores por meio do mobiliário urbano estático e digital que administra em ambientes externos e internos”, diz a empresa em seu prospecto do IPO.
Nos últimos anos, a empresa teve acesso a concessões importantes que expandiram suas operações. Em 2016, assinou contratos com o VLT e Supervia no Rio de Janeiro. Em 2017, comprou a TV Minuto — que trouxe o contrato de exclusividade de publicidade nas Linhas 1, 2 e 3 do Metrô de São Paulo.
No ano seguinte, a empresa angariou contratos para a exposição de publicidade nos aeroportos de Porto Alegre, Fortaleza e Galeão, no Rio. Já em 2020, a companhia assinou um contrato de concessão de exploração de mídia da CPTM em São Paulo.
Nos nove primeiros meses do ano passado, a Eletromidia apresentou uma receita líquida de R$ 161,8 milhões, alta de 14,9% em comparação ao mesmo intervalo de 2019. O resultado líquido, porém, foi um prejuízo de R$ 59,3 milhões, piora frente a perda de R$ 3,5 milhões na mesma base comparativa.