Em dia de estreia na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a companhia de mídia urbana Eletromidia (ELMD3) fechou o pregão desta quarta-feira (17) em queda de 1,74%, a R$ 17,50.
A empresa precificou seu IPO em R$ 17,81, piso da faixa indicativa, que ia até R$ 23. A companhia de mídia urbana realizou uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que movimentou R$ 871,6 milhões. A Eletromidia foi listada no Novo Mercado, nível de alta governança da Bolsa brasileira.
A operação consistiu em uma oferta primária de 39.303.762 ações (na qual os recursos vão para o caixa da empresa), equivalente a R$ 700 milhões. A oferta secundária, que vai para o bolso dos atuais investidores, perfez os outros R$ 171,6 milhões, com a venda de 9.637.054 ações.
De acordo com prospecto da operação, a Eletromidia vai destinar os recursos líquidos levantados com a oferta de distribuição primária para projetos de expansão orgânica (77%); novas concessões (16%); e investimento em tecnologia (7%).
Perfil e resultados da Eletromidia
Criada em 1993, a Eletromidia se coloca como uma das maiores companhias de mídia out-of-home no Brasil em volume de faturamento e número de telas dispostas ao mercado. Hoje a companhia impacta aproximadamente 22 milhões de pessoas por dia, em 18 estados brasileiros.
“Do deslocamento ao trabalho em transportes públicos, do momento de lazer em shopping centers ao retorno para casa em elevadores corporativos e residenciais, a companhia se faz presente em locais de alto tráfego conectando marcas e consumidores por meio do mobiliário urbano estático e digital que administra em ambientes externos e internos”, diz a empresa em seu prospecto do IPO.
Nos nove primeiros meses do ano passado, a Eletromidia apresentou uma receita líquida de R$ 161,8 milhões, alta de 14,9% em comparação ao mesmo intervalo de 2019. O resultado líquido, porém, foi um prejuízo de R$ 59,3 milhões, piora frente a perda de R$ 3,5 milhões na mesma base comparativa.