O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ex-ministro de Minas e Energia do governo de Michel Temer, deputado Fernando Filho, acreditam que a privatização da Eletrobras terá dificuldades de aprovação dos parlamentares.
“A privatização da Eletrobras é um tema que não tem consenso sobre a necessidade como tinha a reforma da Previdência, onde todo mundo se unia em torno da pauta. Privatização no Congresso nunca é fácil”, disse Fernando Filho.
Além disso, o ex-ministro se diz a favor da privatização entretanto nos moldes proposto pelo ex-presidente Michel Temer. Por sua vez, Maia afirma apoiar a pauta, no entanto, acredita ser difícil angariar votos favoráveis dos deputados.
“Privatização é uma pauta de governo. Eu defendo mas é difícil ter voto para aprovar a privatização nesse ambiente que ficou nos últimos meses na Câmara”, disse o presidente.
Privatização da Eletrobras
O governo federal anunciou estar estudando uma mudança de lei de privatização para incluir a Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização (PND). Ademais, a União deverá abrir mão do controle da estatal, de 60% para menos de 50%.
O Ministério da Economia e de Minas e Energia enviará ao Congresso Nacional o novo projeto de desestatização da Eletrobras para que os deputados e senadores aprovem. No entanto, é necessário a aprovação do presidente da República, Jair Bolsonaro, antes de enviar aos parlamentares.
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O modelo apresentado é similar ao da gestão do ex-presidente. Do valor arrecado, parte irá para os cofres do Tesouro, outra parte será devolvido ao consumidor, por meio de descontos nas tarifas.O governo prevê com a privatização uma liberação de recursos suficiente para alcançar a meta de R$ 12 bilhões de receito do Orçamento.
Última cotação
Na última sessão, na sexta-feira (19), a Eletrobras (ELET3) encerrou com variação negativa de -2,91 sendo negociada a R$ 39,41.