Eletrobras inicia plano de demissão consensual; economia será de R$ 510 mi ao ano

A Eletrobras (ELET3; ELET6) informou ao mercado nesta sexta-feira (11) que será iniciado um plano de demissão consensual (PDC). Segundo a companhia, o objetivo é o desligamento de 1.681 empregados até o final do ano.

Na última quinta-feira (10), a Eletrobras ressaltou que o PDC está inserido no Acordo Coletivo de Trabalho 2019/2020, acordado na última quarta-feira (9), junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Foi estabelecido que o quadro referencial de empregados da estatal será de 12.500 efetivos a partir de janeiro do ano que vem. A partir de maio, serão 12.088.

A economia está estimada em R$ 510 milhões por ano, com um custo total de R$ 548 milhões na operação. O plano será implementado pela Eletrobras Holding e suas subsidiárias. São elas:

  • Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf)
  • Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE)
  • Eletrobras Termonuclear (Eletronuclear)
  • Amazonas Geração e Transmissão de Energia (Amazonas GT)
  • Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte)
  • Eletrosul Centrais Elétricas (Eletrosul)
  • Furnas Centrais Elétricas (Furnas)

A Eletrobras afirmou que “a iniciativa em referência é muito importante para adequação dos custos de nossas empresas aos custos de uma empresa de referência do setor elétrico”.

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Este não é o primeiro plano de demissão consensual que a estatal realiza no ano. Em janeiro, foi anunciado um PDC similar com meta de desligamento de 2.187 colaboradores.

A Eletrobras está dentre as estatais que o governo já anunciou que quer privatizar, mediante aumento de capital e venda do controle acionário.

Privatização da Eletrobras tem aprovação de 50% do Congresso

Diferente da fala do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, uma pesquisa revelou que 50,5% dos parlamentares são a favor da desestatização da companhia.

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A sondagem foi feita com 247 deputados federais e senadores entre os dias 23 de setembro e 8 de outubro. Apenas 36,5% se demonstraram contrários a privatização da Eletrobras, 11,1% informaram não serem contra nem a favor e 1,9% não souberam ou quiseram responder. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou menos.

Na última pesquisa, realizada em 2017, sob o governo de Michel Temer, declaravam-se favoráveis 52,7% dos parlamentares e os opositores eram 43,6%. Desse modo, conclui-se que os contrários estão sete pontos percentuais abaixo, refletindo um Congresso de viés mais liberal.

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Em setembro, Alcolumbre informou que a proposta da privatização da Eletrobras não teria votos suficientes na Casa. Segundo o parlamentar, cerca de 48 senadores nordestinos e nortistas, “inclusive ele”, eram contra a desestatização da companhia.

Jader Lazarini

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