A Eletrobras pagou à BR Distribuidora a 17ª parcela da negociação de sua dívida com a companhia distribuidora de combustíveis derivados de petróleo e biocombustíveis. O valor da parcela paga foi de R$ 38,1 milhões. O informe foi feito na última segunda-feira (30) pela BR Distribuidora.
A BR Distribuidora recebeu também, na última sexta-feira (27), o montante de R$ 1,45 bilhão da Amazonas Energia. Somando este pagamento com o da Eletrobras, a companhia diz que o saldo remanescente dos instrumentos de confissão de dívidas (ICDs) é de R$ 649,4 milhões. O valor será pago em outras 19 parcelas.
Desde que assinou estes instrumentos com a Eletrobras, a BR Distribuidora já recebeu o valor de R$ 4,13 bilhões. Na última segunda-feira (30), a empresa comunicou que fez um encaminhamento ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) destacando novamente sua divergência sobre a nova prorrogação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
“A BR entende que deve buscar nas relações de trabalho condições equivalentes às de seus competidores diretos”, informa a empresa em seu comunicado.
A BR Distribuidora salienta que suas negociações começarão a serem feitas no campo da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria profissional dos trabalhadores no comércio de minérios e derivados de petróleo.
“Com estas medidas, a BR avança rumo a relações de trabalho mais alinhadas ao mercado, e conectadas aos interesses de seus empregados, da companhia e de seus acionistas”, reitera a empresa.
Amazonas Energia cede créditos ao Itaú para pagar BR Distribuidora
A Amazonas Energia liquidou, na última sexta-feira (27), uma dívida de R$ 1,45 bilhão que possuía com a BR Distribuidora. O pagamento antecipado ocorreu depois que a companhia de energia cedeu fundos setoriais ao Itaú.
O diretor financeiro da Amazonas Energia, Celso de Oliveira Sant’Anna, explicou que a negociação com a instituição financeira poderá aliviar o caixa da companhia de forma significativa.
“Foi um importante passo para a recuperação da sustentabilidade e liquidez da empresa, o que nos permitirá alcançar os resultados previstos em nosso Plano de Negócios e o atendimento aos requisitos regulatórios e de qualidade do serviço”, afirmou Sant’Anna.
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Durante a negociação, a empresa cedeu créditos no valor de R$ 1,9 bilhão ao Itaú e recebeu o montante de R$ 1,6 bi do banco. Desse valor, R$ 1,45 bi foi utilizado no pagamento para a BR. Outros R$ 120 milhões foram destinados à garantia da operação. O restante irá para o caixa da empresa.
Os analisas do Credit Suisse, Regis Cardoso e Victor Schmidt, afirmaram que o pagamento antecipado é positivo para ambas empresas. Isso porque, com a dívida quitada, a BR Distribuidora pode eliminar os riscos da cobrança dos recursos, que ocorreria em 20 parcelas por mês.