Eletrobras levanta US$ 1,25 bilhão com emissão de títulos de dívida no exterior
A Eletrobras (ELET6) finalizou a emissão de US$ 1,25 bilhão (cerca de R$ 5,29 bilhões) em duas séries de títulos de dívida no exterior (notes). A primeira emissão foi de US$ 750 milhões e a segunda de US$ 500 milhões.
Segundo a Eletrobras, a captação dos recursos foi utilizada para rolar suas dívidas. A emissão foi realizadas exclusivamente para investidores externos e não foi registradas junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os papéis resgatados foram chamados de Notes 2021. Segundo o comunicado da estatal, foram resgatados US$ 1,1 bilhão, correspondendo a 64% dos detentores desses notes.
O valor de US$ 1,25 bilhão levantado foi menor do que as expectativas. No momento em que a operação foi anunciada, o intuito da estatal era captar até US$ 1,75 bilhão (R$ 7,40 bilhões).
Eletrobras pode ser privatizada ainda neste ano
O presidente da Eletroras, Wilson Ferreira Junior, disse que está trabalhando para privatizar a empresa ainda em 2020. A declaração ocorreu no dia 29 de janeiro durante um evento promovido pelo Credit Suisse, em São Paulo.
Segundo o executivo, a expectativa é que o projeto de lei sobre a desestatização da Eletrobras seja aprovado no Congresso Nacional ainda no primeiro semestre deste ano. Com isso, o processo de privatização da companhia começará no segundo semestre.
O Ferreira Junior afirmou que voltará a falar sobre a importância do tema com parlamentares após a volta do recesso legislativo. Segundo ele, em 2019 o assunto foi discutido principalmente com deputados. Entretanto, neste ano os alvos serão os senadores.
Saiba mais: Mais de 60% dos deputados são contra a privatização da Caixa, diz pesquisa
O executivo salientou o risco da retirada de R$ 16,2 bilhões da receita do governo com a privatização da estatal, que pode levar a um contingenciamento.
“Porque tirar R$ 16 bilhões do orçamento não é uma coisa que você faz fácil em casa, também não é no governo. Eu não tenho dúvida de que isso traz um nível maior de compromisso e vocês vão ver: porque você só contingencia. Afeta executivo e legislativo”, relatou o presidente da Eletrobras.