A Eletrobras (ELET3) apresentou, na noite da última quinta-feira (28), um lucro líquido de R$ 307 milhões referente ao primeiro trimestre deste ano. O resultado equivale a uma queda de 77% sobre o mesmo período do ano passado, quando a empresa reportou um lucro de R$ 1,34 bilhão.
Segundo a Eletrobras, tal resultado foi impactado, sobretudo, por dois efeitos econômicos: a variação cambial negativa de R$ 665 milhões em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), e a remensuração do valor justo da receita de RBSE (Rede Básica Sistema Existente), com corte de R$ 411 milhões nessa linha. Tais efeitos, no entanto, não tem impacto financeiro.
A receita operacional líquida, por sua vez, subiu 7,6%, de R$ 6,46 bilhões para R$ 6,95 bilhões. A energia vendida, em geração de GWh cresceu 6%, de 35 para 37.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 5%, de R$ 2,95 bilhões para R$ 2,80 bilhões. Dessa forma, a margem Ebitda foi de 40%, uma queda de 5,3% na comparação anualizada.
A dívida líquida recorrente, segundo a companhia, cresceu 5,4%. Enquanto no primeiro trimestre do ano passado era de R$ 19,97 bilhões, no fim de março deste ano passou a ser de R$ 21,04 bilhões. A alavancagem financeira, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, no entanto, caiu 0,5 ponto percentual, para 1,6x.
Devido à pandemia, a empresa informou que 64% dos empregados estão trabalhando de casa (desconsiderando os colaboradores de Itaipu). Foram realizados mais de 4,5 mil testes do vírus nos empregados; desses, 269 são ativos da Eletrobras, de um total de 399 considerados ideais pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Além disso, a companhia informou que os investimentos no trimestre foram de R$ 501 milhões, enquanto no mesmo período de 2019 foram de R$ 329 milhões. Já o número de empregados, nessa mesma base comparativa, caiu 11%. No fim de março, a Eletrobras empregava 14.232 pessoas.
