Em nova proposta, a Eletrobras (ELET3) prevê um gasto de R$ 88,1 milhões com pagamento de membros da diretoria executiva da empresa, tal como o Conselho Fiscal.
Se aprovado em assembleia, o valor representa uma alta de cerca de 708% em relação aos R$ 10,9 milhões pagos aos executivos da Eletrobras no ano anterior.
A mudança, segundo a estatal, ocorre já que até então a remuneração ficava no encargo da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST).
“Nessa conjuntura, o modelo de remuneração da administração anteriormente vigente mostrou-se ainda mais defasado, implicando o risco de perda de talentos e dificuldade de atração de novos, em comprometimento ao planejamento anteriormente retratado e à expectativa do mercado de grandes alavancas de valor que poderiam ser destravadas”, disse a Eletrobras.
Desse total, R$ 64,7 milhões são reservados para a diretoria, que teve alta de cerca de 130% nos salários na última ocasião.
O CEO, Wilson Ferreira Junior, passou a ganhar R$ 300 mil mensais.
Segundo a companhia elétrica, a remuneração sofreu essa alteração pois “visa à solidificação de uma cultura meritocrática, capaz de reter e premiar talentos”.
Nessa nova alteração nos salários da Eletrobras os conselheiros de administração da empresa devem receber R$ 20,7 milhões, ante R$ 459 mil pagos em 2022.
Para a diretoria executiva, devem ser R$ 41,06 milhões pagos em ações com bônus de R$ 3,76 milhões.
Já os Conselheiros da Eletrobras devem receber R$ 11,7 milhões em ações.
Número de diretores da Eletrobras subiu
O número médio de diretores da Eletrobras subiu do ano passado para cá, saindo de 6,3 para 10,7. A remuneração média, da mesma forma, também foi alterada, saindo de R$ 717 mil para R$ 1,5 milhão.
O valor de remuneração variável, da mesma forma, subiu de R$ 324 mil para R$ 4,1 milhões.
Desempenho de ELET3
As ações da Eletrobras caem 4% no acumulado dos últimos 30 dias, a R$ 32,77.
Em uma janela mais longa, de 12 meses, os papéis da Eletrobras caem 10,5%.