Eletrobras (ELET3): Safra e Goldman Sachs recomendam compra
Após o Senado aprovar o texto-base da Medida Provisória (MP) que abre caminho para a privatização da Eletrobras (ELET3), o banco Safra reajustou sua posição e passou a recomendar a compra das ações da empresa. O Goldman Sachs aproveitou para reiterar a visão positiva.
O preço-alvo do Safra para as ações preferenciais (PN) da Eletrobras é de R$ 53,80. A recomendação dos analistas passou de neutra para compra, assumindo uma chance de 100% para a privatização.
Vale lembrar que o texto sofreu alterações, então voltará para a Câmara dos Deputados para nova apreciação.
Depois disso, o texto irá para sanção do presidente Jair Bolsonaro. O Safra entende que o texto final será aprovado antes do prazo de valiado, que termina na próxima terça-feira (22), e espera uma reação do mercado muito positiva com as novidades.
“O texto aprovado pelo Senado manteve a essência do projeto de privatização original, embora tenham sido incluídos itens que, a nosso ver, não estavam totalmente relacionados com a privatização da empresa”, comentaram os analistas.
O texto prevê a diluição da participação do governo na Eletrobras por meio de um aumento de capital e oferta pública de ações, tanto primárias como secundárias. Esse processo está previsto para ocorrer no primeiro trimestre de 2022.
O modelo do banco considera os benefícios da privatização como um fluxo de caixa separado, o que acaba não alterando de forma drástica as projeções de lucro.
Contudo, a aprovação da MP é “muito positiva para a Eletrobras. O processo de privatização pode agora acelerar e deve trazer vários benefícios para a empresa, como plano de desinvestimentos, redução de custos, melhora da alocação de capital e melhor gestão de passivos”, diz o Safra.
Goldman prevê menor risco com Eletrobras privatizada
O Goldman Sachs, por outro lado, já acreditava na tese de investimento na Eletrobras e aproveitou a aprovação do texto no Senado para reiterar sua posição.
A recomendação da instituição norte-americana é de compra, com preço-alvo de R$ 43,61 das ações ordinárias (ON) e de R$ 43,28 das preferenciais da ainda estatal.
Na visão do banco, as mudanças no texto aprovado pelos senadores não altera materialmente a proposta votada pela Câmara em maio. O impacto direto na empresa, também, é considerado baixo.
Caso o texto seja sancionado dentro do prazo de validade, de acordo com o Goldman, a capitalização da Eletrobras pode atingir R$ 25 bilhões. A visão construtiva para as ações da elétrica tem como base:
- Melhorias de custo planejadas para os próximos anos;
- Fluxo de caixa muito previsível e de baixo risco.
Os investidores responderam ao cenário positivo para os papéis da Eletrobras e fazem com que a empresa lidere o Ibovespa no pregão desta sexta-feira (18). Por volta das 13h25, as ações ordinárias da empresa subiam 5,9%, para R$ 46,20.