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Eletrobras (ELET3) tem resultado misto no 2T22; analistas recomendam compra

Eletrobras (ELET3)

Eletrobras. Foto: Divulgação

O BTG Pactual, o Itaú BBA e o Goldman Sachs recomendam compra para as ações da Eletrobras (ELET3), após analisarem o resultado do 2T22 da companhia elétrica pós-privatizada.

O lucro líquido da Eletrobras no período teve queda de cerca de 45%, saindo de R$ 2,53 bilhões no segundo trimestre de 2021 para R$ 1,4 bilhão.

Segundo o BTG, o lucro foi impactado pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 4,14 bilhões e R$ 1,46 bilhão em despesas financeiras líquidas, refletindo principalmente:

“Vemos as ações negociadas a uma TIR [taxa interna de retorno] real de 12,1%, tornando-se um dos nomes mais baratos que cobrimos”, concluiu o BTG, que vê a Eletrobras pós-privatizada combinando a vantagem do setor de serviços públicos, a alta liquidez e vários gatilhos relacionados ao turnaround nos meses à frente.

O BTG tem o preço-alvo de R$ 62 para os papéis.

Para o Itaú BBA, o resultado da Eletrobras foi neutro, afetado por diversos itens não recorrentes.

Apesar disso, o Itaú segue com a recomendação de compra para as ações da Eletrobras, com o preço-alvo de R$ 61,60: “A Eletrobras é a nossa principal escolha no setor de utilities, pelo seu enorme porte, valuation muito atrativo, forte geração de fluxo de caixa e capacidade de pagar um rendimento de dividendos muito alto no médio prazo”. 

Pós-privatizada, o Itaú BBA afirma que a Eletrobras deve ter mais flexibilidade para implementar as mudanças que podem torná-la uma das melhores empresas de utilites do mundo.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente, que totalizou R$ 4,14 bilhões no 2T22, ante R$ 2,94 bilhões vistos no 2T21, foi, de acordo com as estimativas do banco, que vê espaço para ganhos maciços de eficiência daqui para frente. 

Do lado negativo, as despesas controláveis ficaram muito acima da sua expectativa. O BBA projeta que a dívida da Eletrobras deve aumentar substancialmente no próximo trimestre, com a consolidação da Santo Antonio, que possui uma dívida líquida de R$ 20 bilhões.

A dívida líquida ajustada da Eletrobras caiu 11% contra o 2T21, para R$ 15,1 bilhões no fim de junho deste ano.

O Goldman Sachs também mantém a recomendação de “compra” para as ações da Eletrobras, com o preço-alvo de R$ 61. 

A Eletrobras voltou a apresentar significativa geração de caixa operacional de R$ 4,2 bilhões no trimestre, em sua avaliação. Além disso, adicionou que o mercado deverá focar nos próximos anúncios relacionados ao turnaround da empresa com o novo CEO, Wilson Ferreira.

O Goldman Sachs viu os resultados positivamente impactados por preços de energia mais altos no negócio de geração, de reajustes contratuais, parcialmente impactados pela menores preços spot no trimestre (R$ 55,7/MWh no 2T22 vs R$ 211,26/Mwh no 2T21), e reajustes inflacionários no negócio de transmissão. 

Cotação da Eletrobras

As ações da Eletrobras fecharam em queda de 0,49%, nesta terça-feira (16), cotadas a R$ 48,44.

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