A Eletrobras (ELET3) anunciou nesta sexta (22) que está escolhendo os bancos que ficarão responsáveis pela estruturação da operação de follow-on e de distribuição do volume de ações da companhia, dentro de seu processo de privatização, segundo a Bloomberg.
Segundo a empresa, a contratação está prevista na resolução do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), que determina que a Eletrobras contratará os serviços técnicos especializados necessários à realização de oferta pública de ações.
Mais cedo, a informação havia sido dada pela Bloomberg, que ouviu fontes familiarizadas com o assunto. A Eletrobras teria sido procurada por 14 bancos, com a intenção de coordenar uma oferta de ações que atingiria aproximadamente R$ 103 bilhões.
Segundo fontes anônimas do jornal, serão escolhidos para a oferta quatro coordenadores globais e um banco, voltado na distribuição para o varejo. A Eletrobras teria contratado a Laplace Finanças para cuidar da assessoria durante a transação. Nela, o governo brasileiro tem intenção de vender seu controle da empresa.
Neste caso, o governo não compraria ações, mas sim diminuiria sua participação acionária. A primeira oferta seria de R$ 23 bilhões em novas ações com direito a voto a serem emitidas pela empresa, que teria um um aumento de capital no início de 2022, segundo o BNDES.
Operação da Eletrobras pretende cortar participação do governo em 45%
Para as ofertas seguintes, a intenção seria diminuir a participação do governo até pelo menos 45%, sendo que, junto do BNDES, o governo possui participação majoritária de 61%. Essa operação aumentaria o volume movimentado para mais de R$ 80 bilhões à transação.
Com este plano, o governo ficaria com uma “golden share”, e isso lhe permitiria direito de veto. Antes de ser realizada, a transação ainda precisa ser aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
A Eletrobras não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A Laplace não quis comentar. A operação foi aprovada nesta semana no Conselho do Programa de Parcerias de Investimento, e o governo deve escolher um momento melhor de mercado para vender, segundo as fontes.
(Com informações da Agência Estado)