O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou que a Eletrobras (ELET3) é a estatal que mais precisa ser privatizada. De acordo com Montezano, se a companhia não for desestatizada o Brasil vai “ficar para trás”.
“A estatal que mais necessita da privatização no curto prazo é a Eletrobras. É também a mais madura e mais preparada para isso. O projeto está pronto, embora ainda precise de conversa com o Congresso. A companhia precisa investir de R$ 14 bilhões a R$ 15 bilhões ao ano, mas consegue aportar no máximo de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões. Se não privatizar, vamos ficar para trás”, disse o presidente na última quinta-feira (18) em uma live que participou no Instagram.
Além disso, Montezano informou que estudos e planejamento para privatizações andam “a mil por hora”. Para que o país se desenvolva, segundo o presidente, é necessário investimento privado, até porque o Brasil tem gastado “rios de dinheiro” na pandemia do novo coronavírus (covid-19).
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“É natural haver pressão para ampliar gasto público. Mas a condição fiscal do estado brasileiro é inviável. Gastamos rios de dinheiro na crise do coronavírus. Graças ao Papai do Céu, conseguimos aprovar a Previdência antes dessa crise. O gasto (para socorrer as pessoas e as empresas na pandemia) está certo. Mas o estado está quase quebrado. Tem que ir pelo caminho da privatização”, disse o presidente da instituição.
Correios e Eletrobras estão nos planos de privatizações de Guedes para 2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, em uma reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que o governo irá trabalhar em quatro privatizações ainda em 2020. Nos planos de Guedes, estão os Correios e a Eletrobras.
Vale lembrar que Guedes está chefiando este conselho. O objetivo do ministro é privatizar os Correios, a Eletrobras, o Porto de Santos e o Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). Além disso, Guedes também espera realizar o IPO (oferta pública de ações) da Caixa Seguridade, que foi suspenso em março por conta do cenário desencadeado no mercado de pandemia.
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Algumas privatizações, entretanto, não dependem só do ministro da Economia. Elas precisarão passar pelo Congresso Nacional. A desestatização da Eletrobras, por exemplo, é uma que contempla esse tipo de caso. A equipe econômica teme a falta de apoio dos parlamentares no processo de aprovação de venda das estatais.