Eletrobras (ELET3) e Paul Wurth do Brasil querem produzir hidrogênio renovável e combustíveis sintéticos
A Eletrobras (ELET3) assinou com a Paul Wurth do Brasil memorando de entendimento para atuação conjunta no mercado de produção de hidrogênio renovável e combustíveis sintéticos, conforme divulgado pela empresa elétrica em comunicado divulgado na noite de terça-feira (12).
De acordo com a Eletrobras, o contrato com a Paul Wurth do Brasil implica na construção e operação de uma central elétrica de 10 megawatts (MW) destinada à produção de hidrogênio renovável e oxigênio, a ser localizada próxima a uma siderúrgica. Essa produção será disponibilizada para consumo por meio de um acordo de longo prazo (7 a 10 anos).
A previsão é de que os estudos para a implantação do projeto de hidrogênio renovável da Eletrobras sejam finalizados em menos de um ano. Após a conclusão, a central terá uma capacidade 37 vezes maior do que a da instalação de demonstração de tecnologias de hidrogênio renovável da Eletrobras, localizada na hidrelétrica Itumbiara, entre Goiás e Minas Gerais.
A Eletrobras enfatizou, em comunicado, a experiência consolidada do grupo SMS, especializado em fornecer soluções para a indústria metalúrgica, “que, ao incorporar a Paul Wurth, se estabeleceu como uma pioneira no desenvolvimento de soluções ambientalmente amigáveis”.
“Essa parceria com a Paul Wurth está totalmente alinhada com nossa meta de ‘zero carbono’ e a expansão de novas oportunidades comerciais, sempre com um forte compromisso com a responsabilidade socioambiental”, afirmou Ítalo Freitas, vice-presidente de comercialização e soluções em energia da Eletrobras.
As duas empresas têm colaborado em um projeto conjunto há dois anos, segundo a companhia, buscando soluções ecologicamente sustentáveis para a indústria metalúrgica.
A Eletrobras diz que foram conduzidos diversos estudos de viabilidade e engenharia conceitual que “levaram, neste momento, à proposta de instalar uma unidade de produção de hidrogênio renovável na região oeste do Rio de Janeiro”.
“Essa área, reconhecida como um dos principais polos siderúrgicos do país, apresenta um considerável potencial de demanda para o H2R (hidrogênio renovável)”, afirma a empresa.
Além de abrigar a usina da CSN (CSNA3) em Volta Redonda e o projeto da Eletrobras, o estado do Rio de Janeiro também é o lar da Ternium Brasil, anteriormente conhecida como CSA, localizada próxima ao porto de Itaguaí.