Eletrobras (ELET3) pagará R$ 23,2 bilhões à União por outorgas de 22 hidrelétricas
A Eletrobras (ELET3) comunicou, na noite da última terça-feira (31), que pagará R$ 23,2 bilhões à União pelas outorgas de 22 usinas hidrelétricas. A informação foi divulgada por meio de um fato relevante.
Em função do pagamento da Eletrobras, as usinas em questão terão os contratos renovados e marca mais um passo da companhia rumo à privatização.
O governo federal aprovou a resolução que define o valor do benefício econômico dos novos contratos de concessão da companhia.
No comunicado, a estatal diz que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) fixou o montante de R$ 62,5 bilhões como valor adicionado pelos novos contratos de concessão de geração de energia elétrica para as 22 usinas. A condição é a capitalização da empresa.
Os R$ 23,2 bilhões, parte do montante total, serão pagos à União pela Eletrobras capitalizada ou por suas controladas pelas outorgas das unidades, que sairão do atual regime de cotas para o de produção independente de energia.
O pagamento a ser realizado pela Eletrobras será possibilitado pelo levamento dos recursos com a desestatização.
A oferta subsequente de ações (follow-on) que não terá o acompanhamento da União está prevista para acontecer até fevereiro de 2022.
Eletrobras lucra R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre
O lucro líquido da Eletrobras totalizou R$ 2,5 bilhões no período entre abril e junho deste ano, alta de 439% em relação ao mesmo período de 2020. O consenso de mercado indicava um resultado em torno de R$ 2,1 bilhões.
A companhia informou que o resultado foi impactado positivamente pelo segmento de transmissão em decorrência da revisão tarifária periódica, com efeitos a partir de julho de 2020, e pela melhora nos resultados da geração.
Os investimentos realizados em geração somaram R$ 483 milhões no trimestre, dos quais R$ 154 milhões foram para manutenção e R$ 329 milhões em implantação.
A Eletrobras anunciou, no início deste mês, que vai investir na modernização de sua estrutura, buscando melhorias de eficiência, com montante previsto de R$ 8,3 bilhões entre 2021 e 2025, que inclui a compra de equipamentos mais atuais e a modernização e digitalização das usinas.