A carteira de recomendações semanais elaborada pela Warren Investimentos tem apenas uma movimentação para os próximos dias: Eletrobras (ELET3) entrou, enquanto a CSN (CSNA3) saiu.
Mantiveram-se na carteira Raízen (RAIZ4), Fleury (FLRY3), Randon (RAPT4) e Bemobi (BMOB3).
Na semana passada, as ações recomendadas encerraram acima do Ibovespa, com ganhos de 2,60% de rentabilidade, contra a alta de 2,23% do índice de referência.
Pela segunda semana seguida, a pior performance ficou com as ações da CSN, que chegaram a perder 2,06% no acumulado do período.
Um dos principais destaques para o período foram as ações de Fleury, que, de acordo com a Warren, tiveram “um desempenho fantástico”.
“O ativo teve uma excelente performance semanal e compensou a escolha, rompendo todas as resistências curtas que mostrava em sua frente. Os candles muito compradores e o volume duas vezes maior que a média no pregão de sexta sugerem que o movimento tende a continuar, motivando a manutenção do ativo na carteira”, afirmaram.
Substituindo a CSN, a Eletrobras foi inserida na carteira devido ao forte rompimento no pregão de quinta. A continuidade de movimento na sexta indica possibilidade de reversão de tendência curta no papel. O movimento pode levar a uma alta para as ações da Eletrobras.
Já sobre as ações da Raízen, que entraram na semana anterior, os analistas da Warren afirmam que o papel respeitou a faixa de R$ 4,10, que já tinha sido vista em julho de 2022, e voltou a subir.
“Apesar da leve alta, acreditamos que o ativo ainda tenha potencial de buscar nosso alvo. Observando a possibilidade de ser o fundo de um caixote, estamos mantendo o ativo na carteira para buscar faixa de R$ 5,15”, diz o relatório divulgado nesta segunda (26).
Cada ação presente na carteira possui uma representação de 20%. Confira o rendimento individual na semana anterior:
Eletrobras “está barata”: XP inicia cobertura recomendando compra
A XP Investimentos deu início a sua cobertura em Eletrobras (ELET3) dando recomendação de compra e vendo a empresa como favorita no setor.
O preço-alvo estipulado para as ações da Eletrobras é de R$ 71, o que implica potencial de alta de 55% dado o fechamento do último pregão.
Os analistas vão direto ao ponto e resumem sua tese de investimentos “em poucas palavras”.
“A Eletrobras está barata e há vários upsides não mapeados”, cravam Herbert Suede, Maíra Maldonado e Marcella Ungaretti.
A Eletrobras é considerada pelos analistas como uma empresa privada operando repetidamente abaixo dos níveis de eficiência por anos, pronta para implementar todas as iniciativas necessárias para redução de custos — coisa difícil de se encontrar no setor, devido a sua natureza regulada.
A recente eleição de Wilson Ferreira Júnior para o cargo de CEO é sinal de que mudanças devem acontecer rapidamente.
“Sua longa trajetória no setor e experiência recente na companhia apontam para isso”, diz a XP.
Além disso, a XP enxerga na Eletrobras:
- um enorme potencial de crescimento derivado de iniciativas de redução de custos;
- a existência de ineficiências fiscais fáceis de resolver;
- a forte geração de caixa e inúmeras alternativas de investimento com retornos atrativos;
- o processo de privatização recente com mudanças substanciais em andamento que deverão impulsionar os retornos.
Os riscos envolvendo a ex-estatal existem, mas não são incontroláveis — o mais proeminente é de que a Eletrobras não consiga alocar a energia descontratada derivada da migração do regime de cotas para o regime de produto independente a preços favoráveis.
“Para lidar com esse risco, esperamos que a companhia desenvolva ou adquira uma comercializadora no curto prazo“.
Cotação da Eletrobras
As ações ordinárias da Eletrobras encerraram o dia em queda de 3,09%, cotadas a R$ 44,53.