Eletrobras (ELET3) inicia estudos para avaliar integração de Furnas

A Eletrobras (ELET3) informou que iniciou os estudos preliminares para avaliar a possibilidade de integração das operações entre a companhia e a sua subsidiária integral Furnas.

Em fato relevante, a Eletrobras informou que tal medida faz parte da iniciativa de simplificação da estrutura societária e de governança prevista em seu Planejamento Estratégico.

Atualmente, a Eletrobras possui cinco subsidiárias:

  • Companhia Hidro Elétrica de São Francisco (Chesf);
  • Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil (CGT Eletrosul);
  • Furnas – Centrais Elétricas (Furnas);
  • Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte);
  • Eletrobras Participações (Eletropar).

O parque gerador de Furnas conta com 22 usinas hidrelétricas, sendo 10 próprias, 2 em parceria com outras empresas, 9 em regime de participação em Sociedades de Propósito Específico (SPEs) e 1 concessão temporária. Além disso, possui 2 termelétricas e 1 complexo eólico próprios.

Estes empreendimentos somam mais de 18 mil MW de potência instalada, dos quais Furnas detém cerca de 12 mil MW.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop.jpg

Eletrobras: ‘Tempestade política’ faz analistas revisarem tese

Em revisão sobre a sua tese para as ações da Eletrobras, os especialistas do BTG Pactual mantiveram sua recomendação de compra para os papéis da empresa, com preço-alvo de R$ 53.

Apesar disso, a casa destacou os recentes questionamentos da Procuradoria Geral da República (PGR) acerca da privatização da Eletrobras – que foram enviadas formalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“A PGR apresentou seu parecer ao STF – concordando parcialmente com a pretensão do governo federal de inconstitucionalidade – que questiona o teto de 10% dos votos estabelecido durante o processo de privatização da Eletrobras. Já em Junho, o Advogado Geral da União (AGU) Jorge Messias já havia emitido parecer semelhante favorável ao governo, enquanto a PGR opinião era a única pendente”, explica o BTG.

“Nas últimas semanas, as ações da Eletrobras despencou com as notícias relacionadas ao andamento de Angra 3, a saída de seu CEO, e agora, a pressão política acrescida da PGR, que certamente não ajuda. A PGR argumenta que o Governo ‘testemunhou, de mãos atadas, a minoria acionistas limitando seu poder de voto (da União), beneficiando-se exclusivamente e prejudicando exclusivamente o governo’”, segue.

Segundo a casa, a PGR reforça que deter uma participação votante de 42% com a limitação de 10% não é um problema, desde que o governo seja compensado por isso.

O relatório da procuradoria usa o caso da Embraer (EMBR3) como argumento, destacando que no âmbito da sua privatização os maiores acionistas receberam prêmio de 9% para ter a limitação de teto de voto.

“No entanto, esquece-se de mencionar que o processo de privatizações foi amplamente debatido e aprovado pela Câmara dos Deputados, Senado e Tribunal de Contas da União. Os acionistas injetaram R$ 31 bilhões na empresa, que foi usado para pagar o extinção do regime de cotas, reduzir tarifas de energia para consumidores finais e ajudar criar vários fundos regionais nos próximos 10 anos”, analisa o BTG.

“Os investidores participaram do oferta porque deu a oportunidade de investir em uma empresa muito melhor gerida, com grande espaço para crescimento com disciplina de capital e governo limitado (ou qualquer acionista individual) influência. É por isso que o limite de votação de 10% foi crucial para o sucesso da operação”, completa.

Desempenho das ações da Eletrobras

Cotação ELET3

Gráfico gerado em: 23/08/2023
1 Dia

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Giovanni Porfírio Jacomino

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno