A Eletrobras (ELET3) foi escolhida por investidores brasileiros como a “top pick”, em enquete do Itaú BBA.
O Itaú BBA consultou 46 investidores brasileiros entre 24 de agosto e 1º de setembro, que apontaram as ações da Eletrobras como as preferidas no momento. Do total de entrevistados, 56,5% eram gestores e 43,5%, analistas. As informações são do Valor Investe.
As empresas apontadas como as principais escolhas foram:
- Eletrobras
- Itaú (ITUB4)
- Localiza (RENT3)
- Petrobras (PETR4)
- Sabesp (SBSP3)
- BTG Pactual (BPAC11)
- Rumo (RUMO3)
- Eneva (ENEV3)
Em agosto, após o resultado do segundo trimestre da Eletrobras, o Itaú BBA discutiu suas perspectivas para a companhia elétrica.
Para os analistas do Itaú BBA, o resultado da Eletrobras foi neutro, afetado por diversos itens não recorrentes.
Apesar disso, o Itaú segue com a recomendação de compra para os papéis da Eletrobras, com o preço-alvo de R$ 61,60: “A Eletrobras é a nossa principal escolha no setor de utilities, pelo seu enorme porte, valuation muito atrativo, forte geração de fluxo de caixa e capacidade de pagar um rendimento de dividendos muito alto no médio prazo”.
Privatizada, a Eletrobras, deve ter, segundo o BBA, mais flexibilidade para implementar as mudanças que podem torná-la uma das melhores empresas de utilites do mundo.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente, que totalizou R$ 4,14 bilhões no 2T22, ante R$ 2,94 bilhões vistos no 2T21, veio em linha com as estimativas do banco, que vê espaço para ganhos maciços de eficiência daqui em diante.
Do lado negativo, as despesas controláveis ficaram muito acima da sua expectativa. O BBA projeta que a dívida da Eletrobras deve aumentar substancialmente no próximo trimestre, com a consolidação da Santo Antonio, que possui uma dívida líquida de R$ 20 bilhões.
Eletrobras: apesar de ação bilionária na Justiça, Goldman Sachs recomenda compra
O Goldman Sachs também segue otimista com a Eletrobras (ELET3) apesar da notícia recente sobre uma ordem de execução para pagar R$ 6,8 bilhões.
Os analistas da casa deram um novo parecer sobre as ações da Eletrobras. Em fato relevante nesta semana, a companhia informou que recebeu uma ordem de execução da Justiça para pagar essa cifra bilionária por causa de um empréstimo compulsório.
Esse valor, de R$ 6,8 bilhões, corresponde a cerca de 6,7% do valor de Capitalização de Mercado (market cap) da Eletrobras.
Ainda assim, a recomendação do banco é de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 61 para os papéis ELET3. A cotação atual é de cerca de R$ 45.
Para as ações ELET6, os analistas miram R$ 67 ante uma cotação atual de R$ 47.
“A Eletrobras informou que recebeu liminar de execução com valor total de R$ 6,8 bilhões referente a empréstimos compulsórios que não estão inclusos nos R$ 26 bilhões em passivos listados nos seus balanços. Embora não tenhamos opinião sobre o resultado potencial deste processo, notamos que embora o valor pareça relevante, representando 6,7% do valor de capitalização de mercado da empresa (market cap), a companhia disse que tomará as medidas cabíveis em sua defesa, pois entende que a questão judicial é improcedente”, diz o Goldman Sachs.
“Consideramos isso, especialmente, porque houve decisão recente do STJ [Superior Tribunal de Justiça] em processo semelhante que culminou em decisão favorável à Eletrobras”, continuam os analistas.
Cotação da Eletrobras
As ações da Eletrobras operam em alta de 0,32%, cotadas a R$ 47,09. no intradia.