A Eletrobras (ELET3) comunicou ao mercado, na última sexta-feira (30), que seu conselho de administração aprovou captações de recursos pelas subsidiárias Eletronorte e CGT Eletrosul por meio de emissões de debêntures.
Segundo o fato relevante da Eletrobras, a oferta pública com esforços restritos de debêntures da Eletronorte terá o valor total de R$ 750 milhões. A utilização dos recursos será para refinanciamento passivo das elétricas do norte, sendo que o saldo, caso haja, será destinado ao reforço de caixa.
O prazo de vencimento das debêntures será de quatro anos contados a partir da data de emissão.
Incidirão juros remuneratórios correspondentes a 100% da variação acumulada das taxa médias diárias dos Depósitos Interfinanceiros (DI) de um dia, expressas na forma percentual ao ano, base 252 dias úteis, calculadas e divulgadas diariamente pela Bolsa de Valores de São Paulo (B3), acrescida exponencialmente de uma sobretaxa de 2,60% ao ano.
“Tal operação depende de aprovação da Assembleia Geral Extraordinária da controlada Eletronorte a ser convocada”, informou a Eletrobras.
Por sua vez, a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única da CGT Eletrosul será no valor total R$ 300 milhões. O prazo de vencimento é de 8 anos.
O recurso captado com a operação será utilizado em sete projetos prioritários da subsidiária, que envolvem reforços em instalações de transmissão de eletricidade em diversos ativos da companhia na região Sul do Brasil.
Na última sessão, sexta-feira, as ações ordinárias da Eletrobras (ELET3) encerraram o pregão em queda 2,23%, cotadas a R$ 31,06.
Eletrobras: Guedes diz que privatização está acertada no Senado
O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou a interlocutores que a privatização da Eletrobras já está acertada no âmbito do Senado Federal.
As privatizações são uma das principais bandeiras da administração do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes. Apesar disso, o governo federal encaminhou apenas uma proposta para a venda de uma empresa estatal ao Congresso até o momento: o projeto de lei que viabilizaria a venda da elétrica.
O texto da Eletrobras, entretanto, está paralisado na Câmara desde de novembro de 2019, quando foi enviada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.