A Eletropar (LIPR3), subsidiária da Eletrobras (ELET3), anunciou nesta quarta-feira (30) que propôs ao Conselho de Administração o pagamento de R$ 20,7 milhões em dividendos aos seus acionistas.
O valor seria dividido entre dividendos obrigatórios, no equivalente a R$ 2.421.695,72, e dividendos adicionais de R$ 18.337.059,64.
De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor dos proventos obrigatórios por ação será de R$ 0,20584, e os adicionais, de R$ 1,55868. Ainda não há data de pagamento, pois a proposta dos rendimentos deve ser aprovada em Assembleia Geral Ordinária no dia 29 de abril de 2022.
Apenas os investidores com ações da Eletropar ao final do pregão em dia 22 de abril terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 25 de abril, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
Os proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2021.
Dividendos da Eletropar
- Valor total: R$ 20.758.755,36
- Valor por ação: R$ 1,76452
- Data de corte: 25 de abril
- Data do pagamento: a ser anunciada.
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Eletrobras (ELET3): Técnicos do TCU recomendam aprovar privatização e governo quer capitalizar até maio
Os técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) recomendam a aprovação da segunda e última análise de privatização da Eletrobras (ELET3). A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
O documento sobre a privatização da Eletrobras foi enviado para o Ministério Público de Contas e seguirá para a avaliação dos ministros do TCU. O julgamento ainda não foi marcado mas, se os ministros aprovarem, o governo federal poderá marcar a data da desestatização da companhia.
O governo espera que a operação de privatização, que vai acontecer nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York, aconteça até o fim de maio.
Com base nos prazos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), reguladora da bolsa no Brasil, e Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora dos EUA, há uma janela para a realização da capitalização até o dia 13 de maio. Após essa data, a privatização da Eletrobras deverá ocorrer em agosto deste ano.
Nessa segunda análise, o TCU avalia o processo desestatização e o preço mínimo das ações da Eletrobras que serão negociadas. Isso porque o modelo de privatização prevê transformar a companhia em uma empresa sem controlador definido por meio de uma oferta de ações. Dessa forma, a União terá sua participação diluída para menos de 50% e perderá o controle da empresa.
O TCU também avalia a cisão da Eletronuclear e de Itaipu que não podem ser privatizadas.
Os técnicos chegaram a fazer observações e pediram detalhes aos ministérios da Economia e Minas de Energia, mas essas ressalvas não foram considerada impeditivos à privatização.
Na análise da primeira parte do processo, que já foi aprovado, foi avaliado o preço das outorgas que serão pagas pela Eletrobras privada ao governo federal.
No total, o valor relacionado à privatização será de R$ 67 bilhões, mas cerca de R$ 25,3 bilhões serão pagos pela Eletrobras ao Tesouro neste ano pelas outorgas das usinas hidrelétricas que terão os seus contratos alterados. Além disso, segundo o jornal, serão destinados cerca de R$ 32 bilhões para avaliar as contas de luz a partir deste ano por meio do fundo do setor elétrico, a CDE. O restante do valor vai para a revitalização de bacias hidrográficas do Rio São Francisco, de Minas e de Goiás.
Cotações
No fechamento do pregão desta quarta, as ações da Eletropar subiram 1,88%, cotadas a R$ 65. Já os papéis da Eletrobras caíram 0,24%, a R$ 36,95.