A Eletrobras (ELET3) após a privatização, agora quer migrar o seu segmento de listagem na B3 (B3SA3) para o Novo Mercado.
Com isso, podem existir no futuro somente ações ordinárias da Eletrobras, ao passo que atualmente a companhia tem preferenciais listadas sob o ticker ELET6.
Contudo, essa mudança não impediria o Governo federal de reter a golden share, uma ação preferencial de classe especial que dá ao poder público direito de veto sobre algumas decisões da companhia, que ficou na mão da União como algo estratégico. Essa decisão foi acordada durante a privatização da Eletrobras.
Além disso, caso a Eletrobras vá ao novo mercado, serão inclusos todos os acionistas em eventual oferta pelo controle da empresa, além da obrigatoriedade de membros independentes no conselho de administração.
Da mesma foram a empresa deve manter 25% do seu capital social em circulação por meio de ações no mercado – o que não deve ser um entrave, dado o free float de 100% da empresa, segundo dados do Status Invest.
Privatização foi ‘empurrãozinho’ para a Eletrobras
Segundo a própria Eletrobras, em comunicado, essa mudança vem em meio a “desestatização por meio da recente capitalização
(follow-on) e às medidas de aprimoramento da sua governança corporativa”.
“Sua realização, bem como seus termos e condições, estão sob análise da administração, incluindo cronograma para a efetiva implementação e a estratégia de consolidação da negociação das ações na B3 exclusivamente em ações ordinárias”, diz a empresa.
Vale lembrar que a migração para o Novo Mercado depende de obtenção de todas as aprovações societárias e autorregulatórias da B3 pertinentes e a eventuais condições que, “na visão do Conselho de Administração da Companhia, atendam aos melhores interesses da Eletrobras e dos seus acionistas”.
Ou seja, conforme comunicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Eletrobras só poderá ir ao novo mercado com a aprovação de mu terço dos acionistas, em assembleia.