Eletrobras (ELET3) dispara 8% com governo preparando MP de privatização

A Eletrobras (ELET3) tem um dia de forte recuperação no mercado com a notícia de que o governo federal pretende publicar uma medida provisória para avançar com o processo de privatização da empresa. O movimento seria uma forma de reverter o mau humor do mercado com a intervenção direta de Jair Bolsonaro na Petrobras e no Banco do Brasil.

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Os papéis chegaram a subir mais de 14,5%, mas com realização de lucros do intraday a ação perdeu força no meio da tarde. Às 16h15, a ELET3 ganhava 8% aos 31,29.

A medida provisória poderá ser publicada ainda hoje, segundo a Reuters, e deverá contar com uma capitalização sem a participação da União. Assim, a participação total do governo na empresa passaria a ser em torno de 45%. No entanto, a MP deverá manter na mão do governo uma golden share, que lhe daria o poder de veto, mesmo tendo uma participação minoritária no capital social da companhia.

A União conta com 42,57% dos papéis ordinários da Eletrobras, enquanto o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o BNDESPar, possuem 13,79% das ações da mesma classe e fundos de governo contam com 2,97% dos papéis com direito a voto.

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Diretora da Eletrobras pede explicações ao MME

A diretora da área financeira e de relação com investidores da Eletrobras, Elvira Cavalcanti, solicitou ao Ministério de Minas e Energia, por meio de carta, explicações sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro de interferir no setor elétrico.

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No último sábado, durante conversa com apoiadores, o mandatário disse que irá “meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também”. Na carta, segundo o portal G1, a diretora ressaltou que a Eletrobras tem ações em São Paulo, Nova York e Madri e por esse motivo informações relevantes sobre a companhia devem obedecer critérios de mercado. A União é a principal acionista da empresa.

No documento, Calvacanti solicita “que seja comunicado formalmente a esta companhia se as notícias em referência são verdadeiras e/ou se existem estudos ou informações ou aprovações internas e externas a respeito do processo que devem ser divulgadas ao mercado, por meio de fato relevante”.

A carta explica que as informações informações consideradas relevantes são aquelas que podem influenciar a decisão de investidores de vender ou comprar ações.

Além da disparada da Eletrobras, nesta terça-feira, Petrobras (PETR4) também se recupera do tombo visto na véspera. Os papéis subiam a 9,84%, negociados a R$ 23,57.

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Poliana Santos

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