Com a recente privatização da Eletrobras (ELET3) — que ampliou a participação ativa do mercado no setor energético do país — a ex-estatal iniciou uma série de processos de reformulação que testarão a nova administração durante os próximos meses. Em novo relatório, o UBS BB avalia os próximos passos da companhia e afirma que, com a chegada de uma nova gestão, a empresa terá o desafio de gerar valor através da comercialização de energia, redução de despesas operacionais e gestão de balanço.
De acordo com Giuliano Ajeje e Guilherme Reif, os analistas do UBS que produziram o relatório, espera-se que haja uma definição da nova gestão da Eletrobras no curto prazo. Na semana anterior, foram anunciados os nomes indicados para o conselho da companhia para os próximos três anos. Já a assembleia geral extraordinária da empresa foi agendada pelo conselho para o dia 5 de agosto.
O UBS acredita que os nomes propostos para o conselho são excelentes e estão totalmente capacitados para levar adiante aquilo que a empresa precisa: o impulsionamento da transformação da Eletrobras.
Dentre as pessoas relevantes indicadas para o conselho, o UBS destaca Ivan Monteiro, co-CEO do Credit Suisse Brasil e ex-CEO da Petrobras; Vicente Falconi, Presidente do Conselho de Administração e fundador da FALCONI; e Marisete Dadalde, ex-secretária executiva do Ministério de Minas e Energia, entre outros.
Para Ajeje e Reif, o próximo passo para a companhia deverá ser a escolha do novo diretor-presidente, que precisará ter um profundo conhecimento da empresa e do setor para aproveitar ao máximo aos novas oportunidades do mercado e iniciar os processos de redução de compulsórios, crédito tributário e alavancagem necessários para reestruturar a Eletrobras.
Além disso, os analistas afirmaram que outro desafio do novo CEO será dar lugar à expansão da geração renovável e migração de clientes do mercado regulado para o mercado livre.
A Eletrobras possui cerca de 30% da geração de energia e 40% da capacidade de transmissão do Brasil. Para o UBS, a companhia deverá ter um papel ativo nas discussões regulatórias do futuro.
O UBS mantém a sua recomendação de compra das ações da Eletrobras, com preço-alvo de R$ 70.