Eletrobras (ELET3): conselho destitui vice-presidente de comercialização
Em comunicado ao mercado divulgado na manhã desta segunda-feira (3), o conselho de administração da Eletrobras (ELET3) destituiu João Carlos de Abreu Guimarães do cargo de Vice-Presidente de Comercialização da companhia.
No texto, a empresa de energia não mencionou o motivo da saída de Guimarães da função.
O agora ex-Eletrobras é investigado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após denúncia por supostas fraudes praticadas pelo Grupo Delta Energia, segundo publicação da coluna Painel S.A, da Folha de S. Paulo, no último dia 21 de junho.
De acordo com a matéria, embora esteja em fase preliminar de apuração pela autarquia, a denúncia contra João Carlos de Abreu Guimarães aponta indícios de operações simuladas que, supostamente, causaram danos a dois fundos ligados à Delta – e que tiveram como lastro operações de compra e venda de energia no mercado livre.
À época, diz a reportagem, Guimarães era diretor da Beta, uma das comercializadoras de energia ligada ao grupo, pivô da denúncia.
Na nota, a Eletrobras informou que manterá o mercado informado sobre o preenchimento da posição.
Eletrobras: Conselho recomenda retirar ações de plano de desestatização
Na semana passada, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) recomendou a revogação da qualificação das participações acionárias remanescentes de emissão da Eletrobras no PPI e a sua exclusão do Programa Nacional de Desestatização (PND).
A recomendação sobre a Eletrobras, que depende da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi feita por meio de Resolução do CPPI, publicada em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta segunda-feira, 26.
A privatização da Eletrobras completou um ano em junho.
O presidente Lula já criticou, em diferentes ocasiões, a venda da companhia e classificou a desestatização como “irresponsabilidade”, afirmando, inclusive, que, se tivesse condições, “voltaria a ser dono” da Eletrobras.
No mês passado, a Advocacia Geral da União (AGU) ajuizou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar rever a regra que limita o poder de voto na Eletrobras.
A União quer poder proporcional à participação na empresa, que é de 43%. Mas a lei de privatização da empresa restringe esse poder a 10%.
Para a AGU, o dispositivo que proíbe acionistas de terem poder de voto maior que 10% tem o objetivo de evitar o controle da Eletrobras por grupos econômicos sem compromisso social. O argumento do governo é que não faria sentido aplicar essa norma à União, que representa o poder público.
Cotação da Eletrobras
Perto das 13h50, as ações ordinárias de Eletrobras subiam 0,83%, cotadas a R$ 40,08.
Cotação ELET3
Com informações de Estadão Conteúdo