Eletrobras (ELET3): BTG enxerga taxas atraentes e espaço para reestruturação
De olho na Eletrobras (ELET3), os analistas do BTG retiraram os ativos da sua carteira de dividendos de abril, mas retomaram a posição entre as 10 ações recomendadas no Ibovespa.
Segundo os analistas, a Eletrobras está negociando a uma atraente TIR real, taxa de juros que reflete retorno esperado para um investimento ou projeto, de 12%.
Enquanto isso, a ELET3 também oferece catalisadores positivos para 2024 ligados ao seu processo de reestruturação que já vem dando frutos.
“A empresa divulgou resultados sólidos no quarto trimestre de 2023 (4T23), apresentando significativa redução de despesas e avançando em seu programa de desinvestimentos e otimizações de estrutura”, afirma o BTG.
Eletrobras (ELET3): Redução de custos, preços de energia e investimentos
Em relação à ação da Eletrobras, que retornou à carteira de ações do Ibovespa de abril do BTG, a casa observou que os preços da energia parecem estáveis nos níveis atuais, enquanto a reestruturação da empresa deverá continuar a gerar resultados.
“Esperamos que a tendência de redução de custos continue, com menores custos de pessoal devido ao programa de demissão voluntária e reversões adicionais de empréstimos compulsórios”, comentam os analistas.
Além disso, o BTG acredita que a recuperação dos preços da energia observada nos últimos meses também deverá impactar positivamente o balanço energético de 2024.
Enquanto isso, no debate sobre o limite de votação de 10% da União na Eletrobras (ELET3), em dezembro o ministro Nunes Marques do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o caso fosse encaminhado à Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF) para um processo arbitral de 90 dias, na tentativa de chegar a uma solução amigável entre a empresa e o governo federal.
Na opinião da casa, negociar pagamentos antecipados da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), ajudando a reduzir as tarifas de energia, poderia acabar com a pressão gerada pela ação judicial movida pelo governo desde maio/23, deixando a Eletrobras livre para se concentrar em suas iniciativas de reestruturação.
No mercado desta terça-feira (2), as ações da Eletrobras registram uma queda leve de 0,37%, negociadas a R$ 40,76. Do começo do ano para hoje, as ações derreteram 2,35%.