O BTG Pactual (BPAC11) iniciou a cobertura da Eletrobras (ELET3;ELET6) com recomendação de compra e estabelecendo o preço-alvo da ação ordinária em R$ 57 e da preferencial do tipo B em R$ 63. Além disso, o preço do ADR foi estabelecido em US$ 12,28.
Os analistas do BTG Pactual, João Pimentel e Filipe Andrade pontuam, inicialmente, que a Eletrobras é a maior e a mais relevante concessionária de energia da América Latina, com quase 30% da geração total de energia elétrica brasileira e 45% da rede de transmissão nacional.
Além disso, comentam que nos últimos cinco anos a companhia passou por iniciativas consideráveis de corte de custo e que vendeu ativos não essenciais, o que derrubou a relação entre a dívida líquida e o Ebitda de oito vezes para menos de três.
O banco vê também a governança corporativa da Eletrobras melhorando. A gestão antiga, de antes de 2016, segundo os analistas, “tinha uma estrutura complexa, divulgação abaixo da média e investimentos questionáveis”.
Depois, com a nova gestão e com a MP 579, que reduziu encargos, previu aportes do Tesouro e renovou concessões antecipadamente para o setor elétrico, o banco afirma que houve reformas positivas.
Apesar disso, o fato de a companhia ainda ser uma estatal impõe travas ao desenvolvimento, o que pode mudar com a chance de privatização, assunto que vem aparecendo ocasionalmente no discurso político brasileiro.
Eletrobras está descontada mesmo sem levar em conta privatização
Para o BTG, entretanto, a Eletrobras está descontada mesmo sem levar em conta o possível processo de desestatização. E é por isso que ela seria uma boa alternativa, oferecendo resultados tangíveis sem necessidade de esperar pela iniciativa política.
Por exemplo, sem deixar de ser estatal, o preço-alvo da Eletrobras, para o banco, estaria em R$ 52 para a ação preferencial do tipo B, ainda 40% maior do que o preço atual. Em caso de privatização, que o BTG vê com uma chance de 50% de ocorrer, a recompensa poderia saltar para mais de 110%.
Por volta das 11h20, as ações preferenciais B da Eletrobras eram negociadas a R$ 35,76. Já as ordinárias valiam R$ 35,25.