O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou o consórcio Genial-Tauli e Chequer para prestar assessoria na estruturação da privatização da Eletrobras (ELET3), segundo informações da agência de notícias Reuters.
O contrato tem duração de 36 meses a contar de sua data de assinatura, e poderá ser prorrogado, segundo documentos obtidos pela agência de notícias.
Os estudos apresentados pelo BNDES, que precisam de aprovação do Conselho Nacional de Política Energética, definirão os valores da operação financeira e o volume de ações que serão mantidos pela União na Eletrobras.
Estimativa anterior do Ministério da Economia apontava que a desestatização da Eletrobras pode representar R$ 100 bilhões aos cofres públicos, sendo que a maior parte deste dinheiro – R$ 80 bilhões – será obtida com a venda de fatias do governo na empresa depois da capitalização.
Governo quer concluir privatização da Eletrobras em 2022
No final de junho deste ano, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse que esperava a conclusão da privatização da Eletrobras até fevereiro de 2022.
Na ocasião, ele explicou que o texto da MP da Eletrobras seguiria para a sanção presidencial, e depois haveria a definição da modelagem do negócio pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e conclusão de estudos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O texto da Medida provisória que abriu as portas para a privatização foi aprovado em 21 de junho. Logo depois, em 28 de junho, o banco BR Partners (BRBI11) ganhou a licitação para fazer a avaliação do grupo Eletrobras em seu processo de capitalização.
A intenção do governo federal é emitir novas ações da empresa, o que vai diluir a participação acionária do governo. A União não vai participar da Oferta Pública de Ações (OPA), reduzindo sua participação para menos de 50% das ações ordinárias da Eletrobras.