O Conselho de Administração da Eletrobras (ELET3) aprovou nesta terça-feira (19) a captação de recursos de até R$ 2,5 bilhões, por meio de sua controlada Furnas.
De acordo com fato relevante enviado pela companhia, os recursos serão destinados ao cumprimento do programa de investimentos de 2022, ao pagamento de dívidas mais onerosas e para eventuais necessidades de caixa da controlada.
A Eletrobras destaca que a captação será feita em três operações, junto às seguintes instituições:
- Itaú (ITUB4), no valor de R$ 500 milhões, taxa de juros de CDI + 1,60% a.a e prazo de pagamento em dois anos;
- Banco do Brasil (BBAS3), no valor de R$ 500 milhões, taxa de juros de CDI + 1,65% a.ae prazo de pagamento em dois anos; e
- Banco do Brasil, no valor de R$ 1,5 bilhão, taxa de juros de CDI + 2,0% a.ae prazo de pagamento em sete anos.
A última linha de crédito, no caso, pode ser utilizada a critério de Furnas, de forma total ou parcial ao longo de 2022.
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Privatização da Eletrobras (ELET3) será julgada na próxima quarta (20), define TCU
O Tribunal de Contas da União (TCU) marcou para a próxima quarta-feira (20) o julgamento final sobre a privatização da Eletrobras (ELET3), que já foi brecada na corte diversas vezes. A informação consta na prévia da pauta do tribunal, que foi divulgada pelo TCU na última quarta (13).
Esta será a segunda e última etapa de análise do processo de privatização da Eletrobras, aguardada pelo mercado e pelo governo, que quer terminar a privatização até o dia 13 de maio.
A privatização, conforme definido previamente, será por meio de capitalização. Em suma, a União fará uma oferta de ações dos papéis da Eletrobras em bolsa, aumentando o capital circulante da companhia e, da mesma forma, a participação de investidores privados na companhia.
Após a oferta de ações da Eletrobras, o Governo deixará de ser o acionista controladora da companhia, fazendo com que a mesma seja uma empresa privada como a maioria das demais da bolsa brasileira.
A expectativa é de que o TCU julgue o processo – e possibilite a privatização – até o dia 20 de abril, justamente o dia do julgamento.
Caso o tribunal não consiga julgar o processo, o cronograma previsto pelo governo ficará comprometido, considerando que a oferta de ações está prevista para ocorrer no dia 13 de maio, data considerada ‘ideal’ pelo Planalto.
Esse atraso pode ocorrer por conta de um pedido de vista de algum dos ministros do TCU, o que já ocorreu em ocasiões anteriores.
Como exemplo, no julgamento da primeira etapa, o ministro Vital do Rêgo pediu vista, adiando a votação em dois meses, e consequentemente comprometendo o calendário da privatização.
Cotação
A ação da Eletrobras (ELET3) opera em queda de 4,24%, a R$ 40,67. Desde o início do ano, o papel acumula alta de 24,64%.