Ícone do site Suno Notícias

Eletrobras (ELET3) aprova bancos para o follow-on de privatização

Eletrobras (ELET3) divulga plano 2022-2026 com privatização e expansão de negócios

Funcionário Eletrobras (ELET3) em usina eólica. Foto: Divulgação

O Conselho de Administração da Eletrobras (ELET3) aprovou a contratação do sindicato de bancos que ficará responsável pela estruturação da operação de follow-on (oferta subsequente de ações), conforme informado pela companhia nesta sexta (19), em documento publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Os coordenadores líderes da operação de oferta de ações da Eletrobras serão o Bank of America (BOAC34), BTG Pactual (BPAC11), Goldman Sachs (GSGI34), Itaú BBA e XP Investimentos.

Como Bookrunners, foram delegados os seguintes bancos: Bradesco BBI, Caixa Econômica Federal, Citi (CTGP34), Credit Suisse (C1SU34), JP Morgan (JPMC34), Morgan Stanley (MSBR34) e Safra.

As ações ordinárias da Eletrobras encerraram o pregão desta sexta-feira em alta de 1,57%, cotadas a R$ 33,04. No ano, porém, o resultado não é dos melhores: a empresa acumula queda de 7,27%.

Segundo a Bloomberg, a Eletrobras teria sido procurada por 14 bancos, com a intenção de coordenar uma oferta de ações que atingiria aproximadamente R$ 103 bilhões. A elétrica teria contratado a Laplace Finanças para cuidar da assessoria durante a transação.

A primeira oferta seria de R$ 23 bilhões em novas ações com direito a voto a serem emitidas pela empresa, que teria um aumento de capital no início de 2022, segundo o BNDES. Para as ofertas seguintes, a intenção seria diminuir a participação do governo até pelo menos 45%. Essa operação aumentaria o volume movimentado em mais R$ 80 bilhões.

Entretanto, fontes do governo informaram que a privatização da Eletrobras poderá ficar somente para 2023 por causa do calendário eleitoral.

Na última quarta (17), a ação da Eletrobras derreteu e figurou entre as maiores baixas do Ibovespa, após a estatal reportar um lucro líquido 65,72% menor no terceiro trimestre de 2021, de R$ R$ 964,5 milhões, pressionado por provisões de R$ 9,4 bilhões.

Guedes quer privatizar Correios e Eletrobras (ELET3) para pagar precatórios

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que deseja privatizar os Correios, Eletrobras (ELET3) e o Porto de Santos para pagar os precatórios a pessoas que tenham que receber do governo.

“Queremos vender os Correios. Queremos vender a Eletrobras, o Porto de Santos. Exatamente como fizemos com a Embraer (EMBR3)“, disse o ministro no evento do Bradesco BBI CEO Forum.

De acordo com o líder da pasta econômica, os precatórios que as pessoas tenham a receber do governo serão pagos com as ações das empresas privatizadas. Na análise do ministro, a dívida dos precatórios “surgiu do nada e explodiu”. Para aqueles que têm grandes precatórios a receber, “é razoável que esperem um ano”.

A privatização da Eletrobras deve acontecer somente depois das eleições presidenciais do ano que vem. Isso porque o Tribunal de Contas da União (TCU) entende que a operação deve ser avaliada com atenção, segundo uma fonte informou à Bloomberg.

Para que a Eletrobras seja privatizada é necessária a aprovação do TCU. Contudo, a fonte explicou à agência que a operação pode demorar um pouco mais para acontecer pois o órgão acredita que o governo desvalorizou, em pelo menos R$ 10 bilhões, a receita de outorga projetada.

Sair da versão mobile