Após rumores de uma venda da sua participação societária na ISA Cteep (TRPL4), a Eletrobras (ELET3) veio a público nesta segunda-feira (16) esclarecer seu posicionamento sobre o assunto.
As notícias acerca da venda da participação na ISA Cteep vieram à tona na semana anterior, por meio do jornal Valor Econômico. Em seu esclarecimento a Eletrobras reiterou “as informações já prestadas ao mercado”.
“A Eletrobras reitera as informações já prestadas ao mercado, em particular quando das apresentações do webcast de resultado do primeiro trimestre de 2023 e do Eletrobras day, no sentido de vir buscando a redução de suas participações minoritárias, caso de sua participação na ISA Cteep, que não possui materialidade para a Eletrobras – uma eventual transação representaria cerca de 2% da base de ativos da companhia”, diz o comunicado.
Com isso, segundo a elétrica, “até a presente data, não houve decisão relacionada à venda das ações da CTEEP”.
Atualmente, a Eletrobras detém uma fatia de 35,7% na ISA Cteep – que é antiga Transmissão Paulista -, com 9,7% das ações ordinárias e 52% das preferenciais.
O controlador, atualmente, é a ISA, um grupo colombiano que possui 35,8% do capital total. O free float, por sua vez, é de 64,1%.
Movimento na ISA Cteep já foi feito pela Eletrobras em outras empresas
As fontes próximas da companhia relataram ao jornal Valor Econômico que o modelo para a venda está sendo estudado, que poderia ser um leilão em bolsa, um block trade ou até mesmo uma oferta subsequente de ações (follow-on).
A Eletrobras já citou publicamente sua intenção de realizar desinvestimentos em companhias da qual é sócia minoritária – decisão que ganhou força após a privatização da empresa e é mantida na atual gestão, de Ivan Monteiro.
O movimento faz parte de uma certa ‘reestruturação’ da Eletrobras, que inclusive mudou a maneira como lida com suas subsidiárias – com algumas delas passando a ser integrais.
Além disso, a empresa reduziu seu número de SPEs e também anunciou desinvestimentos em térmicas.
Por fim, também enxugou o quadro de funcionários e vendeu fatias societárias relevantes em empresas consideradas não estratégicas pela gestão.
Por exemplo, recentemente a Eletrobras ‘zerou’ sua posição na companhia elétrica paranaense Copel (CPLE6) – adicionando R$ 125 milhões ao seu caixa.
Do outro lado, a companhia prevê comprar participação nas companhas que, de fato, considera estratégicas.
Como exemplo, a Eletrobras firmou um contrato com a Alupar (ALUP11) para assumir o controle do Linhão de Roraima.
Notícias Relacionadas