A Eletrobras (ELET3) comunicou ao mercado que a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), sua controlada, realizou o pagamento de R$ 1,42 bilhão retido na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O valor considera o débito de R$ 1,82 bilhão menos um crédito de R$ 404,8 milhões.
De acordo com a Eletrobras, a Chesf decidiu pela desistência da ação após avaliar que, do ponto de vista econômico financeiro, é mais vantajosa a adesão à repactuação do risco hidrológico do que continuar com o processo judicial, uma vez que os precedentes judiciais do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Regional Federal da 1ªRegião (“TRF1”) são desfavoráveis aos pleitos dos geradores hidrelétricos
“Em contrapartida à desistência do processo judicial, a Chesf será beneficiada, nos termos das condições de repactuação do risco hidrológico, com a postergação da concessão das usinas, com destaque para UHE Sobradinho, que terá sua concessão prorrogada por mais 7 ano”, informou o documento.
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Eletrobras vai investir R$ 8,3 bilhões em processo de modernização
A Eletrobras vai investir na modernização de sua estrutura, buscando melhorias de eficiência, com montante previsto de R$ 8,3 bilhões entre 2021 e 2025, que inclui a compra de equipamentos mais atuais e a modernização e digitalização das usinas.
Em nota, a companhia afirmou que o objetivo é minimizar os riscos de interrupções na operação das hidrelétricas. O programa da Eletrobras, que prevê R$ 8,3 bilhões, deve ter os investimentos distribuídos no período entre 2021 e 2025. Os projetos incluem grandes unidades do grupo, como:
- Paulo Afonso IV
- Sobradinho
- Xingó
- Marimbondo
- Itumbiara
- Tucuruí
Ao longo da sua operação, as unidades da Eletrobras passam a ficar mais tempo indisponíveis para fazer manutenção, afetando o volume de geração. Nos últimos anos, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o índice de disponibilidade das hidrelétricas entre 59 MW e 699 MW diminuiu.