A eleição dos EUA se mostram mais apertadas do que as previsões iniciais e as pesquisas eleitorais e os investidores já ajustam suas posições na bolsa.
Os futuros do Dow Jones e do S&P 500 negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) operam com perdas de 0,7% e 0,4%, respectivamente. Já os futuros do Nasdaq estão no positivo com ganhos de mais de 1% refletindo a apuração da eleição dos EUA.
O Índice Dólar (DXY) avança 0,7% para 94,0 pontos.
O petróleo WTI negociado nos EUA mostram uma valorização de 1,5% a US$ 38,25, enquanto o Brent, referência mundial negociada na Europa, sobe apenas 0,3% para US$ 40,25.
Os primeiros resultados mostram uma maior competitividade do presidente Donald Trump contra Joe Biden. Trump parece bloquear alguns dos principais caminhos para a vitória do democrata ao encaminhar vitórias nos estados da Flórida, Carolina do Norte e Geórgia.
Se Biden conquistar algum dos três estados, a vitória do democrata estaria encaminhada.
Às 23h20, Biden permanece competitivo em Ohio e Texas, estados que votaram em Trump em 2016. Uma vitória do democrata dificultaria muito a reeleição do presidente Trump.
Ohio é um ponto de atenção, pois guarda semelhanças com a vizinha Pensilvânia e uma votação mais democrata poderia atrapalhar os planos de Trump na eleição dos EUA.
Pelas projeções das principais agências de notícias norte-americanas, Trump possui 54 delegados dos 270 necessários, enquanto Biden possui 89.
Eleição dos EUA: Colégio eleitoral
A complexidade do sistema vem de um modelo de voto indireto em que cada estado possui um peso diferente no chamado colégio eleitoral.
Na formação do país em 1787, foi atribuído a cada estado um número de delegados razoavelmente proporcional à população branca somada à população escravizada – sendo que cada cinco negros eram contabilizados somente como três pessoas.
Esse sistema de compromisso entre os estados foi importante para a formação da federação, mas criou uma distorção na proporcionalidade entre os estados que persiste até hoje. Algumas alterações no número de delegados foram realizadas com os censos realizados a cada década.
Regras estaduais
A Constituição dos EUA também determinou que as regras eleitorais sejam majoritariamente definidas pelos estados. Não há nem a obrigação de um voto popular. Então, para cada um dos 50 estados representados no colégio eleitoral as regras são únicas.
Em 48 estados, estabeleceu-se a regra de que o mais votado recebe todos os delegados, no chamado “winner takes all”. No Nebraska e no Maine, as subdivisões dos estados em distritos dão o delegado para o vencedor local.
Com a pandemia e o voto antecipado, outras diferenças de regras entre os estados ficaram mais visíveis. Alguns permitem contabilizar o voto que chega mesmo após o fechamento das urnas se foi colocado no correio até hoje, enquanto outros descartarão esses votos.
Estados como a Flórida já estão contabilizando os votos antecipados, enquanto a também decisiva Pensilvânia só começará a apurar após o fechamento das urnas na eleição dos EUA.
Com as regras eleitorais diferentes, o provável é que diversos estados não publiquem o seu resultado nesta noite e na madrugada. Se a eleição estiver apertada, pode demorar dias ou até semanas para que o vencedor entre Donald Trump e Joe Biden seja conhecido.
A apuração das eleições dos EUA segue ocorrendo durante a noite e nos próximos dias.
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