O edital para o leilão de vendas dos ativos de Eike Batista indica o valor total de US$ 500 milhões. O dono do RC Group, Renato da Cruz Costas, ofereceu US$ 350 milhões à vista pelas debêntures. Segundo reportagem do jornal O Globo, Costas está sendo acusado de estelionato e carrega 18 processos pelo Brasil.
Até agora, o empresário é o único potencial comprador habilitado. A venda dos ativos foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Os recursos captados serão usados para pagar os credores da MMX Sudeste.
Entre os processos encontrados pelo jornal O Globo no sistema do Tribunal de Justiça de São Paulo contra Renato Cruz e sua antiga empresa, a RC Prime Operações e Negócios, sete deles estão ativos e outros 11 tiveram a tramitação suspensa. Isso ocorre porque a Justiça não consegue encontrá-lo para realizar uma citação formal. Há ainda seis processos restantes contra a RC Prime, de acordo com a apuração do jornal.
A reportagem aponta que existem outros processos judiciais contra Renato Cruz, como uma ação de execução para cobrar do dono do RC Group um cheque sem fundos de R$ 6 500, assim como uma condenação para que ele pague R$ 272 mil a uma locadora de imóveis.
Como Renato da Cruz Costas foi o primeiro a se candidatar para adquirir a debênture, ele possui o direito de preferência. Desta forma, o empresário poderá cobrir em até 24 horas o valor proposto por outro interessado. Se vencer a disputa, Costa terá de depositar o montante em cinco dias.
As debêntures foram lançadas em 2008, devido à cisão da MMX, a partir de uma venda de uma fatia do Sistema Minas-Rio para a Anglo American. Eike Batista possui 95% desses ativos.
Eike Batista chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo em 2012, com fortuna estimada de US$ 30 bilhões, mas perdeu o título já no ano seguinte. Em doze meses, a fortuna caiu para R$ 2,95 bilhões.