As debêntures da Anglo American pertencentes a Eike Batista ganharam novos competidores: os fundos americanos Arena Investors e Carval estão dispostos a pagar R$ 612 milhões pelos ativos.
Ao entrar na disputa, os fundos devem enfrentar BTG Pactual (BPAC11), Citi, XP e Banco Modal (MODL11), de acordo com fontes ouvidas pelo jornal Valor Investe.
O processo de venda havia sido suspenso no último sábado (10) e continuará assim até que a juíza responsável pelo caso, Claudia Helena Batista, se manifeste a respeito dos embargos apresentados pela defesa de Eike.
A juíza afirmou que a liquidação dos ativos teria que ser realizada de maneira direta e não mais em leilão, depois de três fracassos. O valor mínimo estipulado foi de R$ 360 milhões. A decisão rendeu críticas tanto da defesa do empresário quanto dos credores da MMX.
A nova suspensão vem da Justiça de Minas Gerais, do desembargador Adriano de Mesquita Carneiro. O pedido foi feito pela Argente, uma corretora que tentou comprar os ativos de Eike Batista ao fim de 2021.
Segundo o Valor, os fundos americanos buscam possibilidade de participar do processo na condição de “stalking horse”, ou seja, tendo preferência na compra.
Como argumento, citam que a proposta feita por eles reúne melhores condições para ambos os lados, tanto à massa falida quanto aos credores.
Na semana passada, após a decisão da juíza Batista, o administrador judicial informou à justiça que o BTG teria a posição de “stalking horse” no processo, com oferta de R$ 360 milhões.
Em seguida, a XP se manifestou com uma proposta de R$ 380 milhões, feita juntamente ao Banco Modal.
Desde dezembro, foram três tentativas de leiloar os títulos de dívida pertencentes a Eike Batista, todas sem sucesso. O valor estipulado pela Justiça nesta semana e apresentado pelo BTG é consideravelmente menor que os valores estabelecidos nos certames. Na tentativa mais recente, o preço mínimo foi de R$ 1,25 bilhão. Na primeira, foi de R$ 1,8 bilhão.