‘Efeito Americanas’ provocou alta da inadimplência no crédito livre, diz diretor do BC

O chefe de departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta quinta-feira que a maior inadimplência de pessoas jurídicas no crédito livre neste ano está relacionada com a crise da Americanas (AMER3), revelada no começo de 2023.

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A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos ficou estável em 4,9% de maio para junho, e acumula alta de 1,3 ponto porcentual em 12 meses.

Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência também continuou em 6,3% de um mês para o outro. Em 12 meses, a alta é de 1,1 p.p. No caso das empresas, variou de 3,0% para 3,1% de maio para junho, com alta de 1,4 p.p. em 12 meses.

Crédito Rotativo

Fernando Rocha também disse que a queda de juros no rotativo do cartão de crédito em junho, apesar de significativa, ainda não significa uma inflexão na tendência de crescimento das taxas dessa modalidade.

Na mira do governo federal, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 16,7 pontos porcentuais de maio para junho. A taxa passou de 454,0% para 437,3% ao ano.

“As diferentes instituições financeiras têm taxas de juros diferentes no rotativo e, dependendo do tipo de cliente, variam também dentro de um mesmo banco. Se um banco A concedeu mais crédito no rotativo que um banco B em um determinado mês, pode haver essa variação. Uma flutuação de 16,7 p.p. em uma taxa de mais de 400% pode ser apenas o efeito de ponderação entre essas instituições”, explicou.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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