Empresa de educação digital deve ser primeiro grande IPO da Europa no ano
Em meio ao boom das plataformas de educação digital durante a pandemia da covid-19, uma companhia do setor deve realizar a primeira grande abertura de capital (IPO) da Europa em 2021. A Kahoot deve, segundo fala do CEO à CNBC, estrear no mercado de ações até março.
Baseada em Oslo, a Kahoot teve seus resultados em 2020 impulsionados pelo fechamento das instituições de ensino, com uma receita de US$ 45,2 milhões, alta de 247% na comparação com os US$ 13 milhões de 2019. Para 2021, ela espera uma receita entre US$ 90 e US$ 100 milhões.
Fundada em 2012, a companhia de educação digital já tem mais de 24 milhões de usuários ativos. Ela trabalha com um método de aprendizado que envolve games, onde jogadores criar e participam de jogos de múltipla escolha, e tem sua receita oriunda da cobrança de mensalidades das pessoas que utilizam a plataforma.
A companhia de educação digital já é listada em uma bolsa para pequenas empresas norueguesas e, nos últimos 12 meses, viu suas ações avançarem mais de 450%. Agora, ela busca realizar seu IPO na principal bolsa do país.
Empresa de educação digital Kahoot tem SoftBank como sócio
A Kahoot tem, agora, um valor de mercado de cerca de US$ 5,7 bilhões de dólares. Entre seus acionistas atuais, estão SoftBank, a Microsoft e a Disney. Em outubro, o SoftBank adquiriu uma fatia de 9,7% na companhia de educação digital por US$ 215 milhões.
2020 foi um ano ruim para as estreias das big techs europeias e para os IPOs do continente em geral, com gigantes americanas como Airbnb, Palantir e DoorDash chamando mais atenção.
A Kahoot está em um processo de expansão. Em novembro, ela adquiriu um aplicativo de aprendizagem de línguas, visando expandir sua área de abrangência. A empresa não afirmou que irá fazer novas aquisições com o dinheiro levantado no IPO, mas disse que manterá as portas abertas para oportunidades no futuro.
A companhia de educação digital espera surfar no novo crescimento da demanda por plataformas online do setor. Recentemente, Reino Unido e Alemanha voltaram a impor lockdowns e a fechar escolas.