O deputado Eduardo Bolsonaro foi confirmado como novo líder do PSL na Câmara dos Deputados. Eduardo contou com o apoio de 28 deputados. A lista oficial apresentada pelo deputado Vitor Hugo (PSL-GO) tinha 29 assinaturas, mas uma não foi confirmada pela Secretaria-Geral da Mesa (SGM).
Entre essas 29 assinaturas que colocaram Bolsonaro na liderança, três deputados haviam apoiado o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) anteriormente. São eles:
- Coronel Chrisóstomo
- Daniel Silveira
- Léo Motta
O Delegado Waldir, entretanto, já divulgou um vídeo em que reconhece Eduardo Bolsonaro como líder. “Aceitamos democraticamente a nova lista”, disse.
Waldir agradeceu o apoio que recebeu dos parlamentares do seu partido e afirmou que não é subordinado de governadores e nem de presidentes, aproveitando para supostamente provocar Jair Bolsonaro.”Vou continuar defendendo todas as prerrogativas do Parlamento. Nós não rasgamos a Constituição. E a constituição prevê que o executivo não deve interferir no Parlamento”, concluiu o Delegado Waldir.
Além disso, Waldir também afirmou que o PSL não irá suspender os cinco parlamentares que foram afastados na última semana. Os nomes são:
- Carla Zambelli
- Alê Silva
- Filipe Barros
- Carlos Jordy
- Bibo Nunes
Os conflitos entre as lideranças na Câmara tiveram início na última quarta-feira (16) quando aliados do presidente Jair Bolsonaro apresentaram duas listas, na Câmara dos Deputados, com 26 e 24 assinaturas para destituir Waldir e, em seguida, indicar Eduardo ao cardo de líder do partido na Casa.
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Na quinta-feira (17), o deputado Daniel Silveira (RJ) vazou um áudio em que Waldir ofendia Bolsonaro, xingando-o de vagabundo e dizendo que iria implodir o presidente. “Eu vou implodir o presidente. Ai eu mostro a gravação dele. Não tem conversa. Eu implodo ele.”
Vale lembrar que antes de deixar o cargo, Waldir disse, em entrevista, que o senador Flávio Bolsonaro (RJ) deveria ser alvo de buscas.
Crise no PSL
A crise no PSL teve início, publicamente, há aproximadamente duas semanas quando o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o presidente nacional de seu partido, Luciano Bivar, estava “queimado pra caramba”.
Na última terça-feira (8), o presidente Bolsonaro havia atacado o partido pelo qual foi eleito no ano passado, e indicou que iria mudar de sigla. A dificuldade da família Bolsonaro em controlar a legenda e seus diretórios regionais seria um dos motivos da insatisfação, de acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”.