A EDP (ENBR3), distribuidora de energia elétrica, vai construir duas subestações nas cidades de Ibitirama e Muniz Freire, no Espírito Santo, representando um investimento total de R$ 58,3 milhões. As obras beneficiarão, segundo a empresa, mais de 35 mil habitantes dos municípios de Ibitirama, Iúna, Divino de São Lourenço, Guaçuí e Muniz Freire, “proporcionando um serviço de distribuição de energia mais seguro e de melhor qualidade”. Além disso, diz a EDP, os empreendimentos contribuirão para o desenvolvimento econômico, social e geração de empregos da região do Caparaó.
As novas subestações da EDP, construídas em áreas estratégicas, possuem tecnologia de comando digitalizado. Durante as obras, a previsão é de que sejam gerados 240 empregos diretos e indiretos.
Fernando Saliba, diretor da EDP no Espírito Santo, explica: “Os projetos refletem o compromisso da companhia em investir e desenvolver infraestruturas que atendam às crescentes demandas de energia na região, proporcionando benefícios significativos para as comunidades locais. A construção, ampliação e modernização de subestações e linhas de distribuição são fundamentais para acompanhar esse desenvolvimento e garantir o suporte necessário no atendimento e a constante melhoria da qualidade do serviço prestado”.
A SE de Ibitirama vai beneficiar 28 mil habitantes de Ibitirama, Iúna, Divino de São Lourenço e Guaçuí. Ela conta com dois níveis de tensão (69/13,8 kV), incluindo um transformador de 12,5 MVA de potência, distribuído em quatro alimentadores de média tensão. “Além disso, para conectar a atual subestação de Iúna à futura subestação de Ibitirama, serão construídos 32 km de Linha de Distribuição (LD) 69 kV. Conclusão prevista para outubro de 2024”, diz a EDP.
Já a SE Menino Jesus, em Muniz Freire, será construída em uma área de 0,5 mil metros quadrados, possui dois níveis de tensão (34,5/13,8 kV), um transformador de 2,5 MVA de potência e dois alimentadores de média tensão. Beneficiará 7 mil habitantes de Muniz Freire, melhorando a qualidade do fornecimento de energia ao município. Conclusão está prevista para fevereiro de 2024.
“Totalmente digitalizadas, as subestações contam com um sistema de automação e supervisão moderno. Sua iluminação é composta por lâmpadas LED, garantindo maior eficiência e demonstrando a preocupação da empresa com a comunidade e a preservação do meio ambiente”, explica a companhia de distribuição elétrica. Todas as subestações da Concessionária são monitoradas remotamente a partir do Centro de Operação Integrado (COI), localizado em Carapina, no município de Serra.
“Operando 24 horas por dia, o COI realiza a comunicação direta com as equipes de campo, garantindo eficácia no atendimento aos mais de 1,7 milhão de clientes no Estado. A partir da central, é possível monitorar em tempo real a rede elétrica, incluindo a análise meteorológica das condições climáticas, em toda a área de concessão da distribuidora”, acrescenta.
Subestação de Ibitirama:
- Beneficiará 28 mil habitantes de Ibitirama, Iúna, Divino de São Lourenço e Guaçuí.
- Dois níveis de tensão (69/13,8 kV), com um transformador de 12,5 MVA, distribuídos em quatro alimentadores de média tensão.
- Serão construídos 32 km de Linha de Distribuição (LD) 69 kV para conectar as subestações de Iúna e Ibitirama.
- Conclusão prevista para outubro de 2024.
Subestação de Menino Jesus (Muniz Freire):
- Beneficiará 7 mil habitantes de Muniz Freire.
- Dois níveis de tensão (34,5/13,8 kV), com um transformador de 2,5 MVA, distribuídos em dois alimentadores de média tensão.
- Conclusão prevista para fevereiro de 2024.
EDP vende R$ 2,7 bilhões em ativos para fundo da Actis, segundo jornal
A EDP Brasil (ENBR3) concluiu no início de novembro a negociação com o fundo de infraestrutura da Actis nesta terça-feira (31/10) à noite. Com isso, a holding brasileira do setor elétrico vendeu ativos de transmissão em São Paulo, Minas Gerais e Maranhão por R$ 2,7 bilhões, segundo a apuração do Valor Econômico.
O processo de negociação foi acirrado, segundo as fontes por dentro do assunto, com estratégicos em disputa pelos ativos de transmissão da EDP. A Actis entretanto foi a mais ágil e conseguiu fechar uma negociação exclusiva no início de outubro, disse uma das fontes.
A negociação entre EDP e Actis durou cerca de sete meses, fontes informaram sob a condição de anonimato, visto que o negócio ainda não é público.
Um dos informantes por dentro do assunto revelou que a EDP decidiu vender o ativo para rotação de seu portfólio e que as transações do setor de energia seguem ativas. Ou seja, existe um reflexo do apetite dos investidores na área, vista como defensiva e protegida da inflação atual.
Dos lados da transação, a EDP (ENBR3) contou com o Citi como o assessor financeiro e o escritório Madrona Filho como assessor jurídico. Do lado da Actis, o Bradesco BBI e o escritório Mattos Filho assumiram as funções, respectivamente.