EDP (ENBR3) e Neoenergia (NEOE3) distribuem menos na pandemia
Em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as companhias EDP Brasil (ENBR3) e Neoenergia (NEOE3) apresentaram uma queda na distribuição elétrica no primeiro semestre deste ano. Os resultados foram afetados principalmente devido às medidas de isolamento social, com o objetivo de mitigar o avanço da doença.
Segundo um comunicado divulgado na última quinta-feira (9), o volume de energia distribuída na EDP de janeiro a junho caiu 8,3% em comparação ao mesmo período de 2019, para 11,87 milhões de megawatts-hora (MWh).
No segundo trimestre, período em que o Brasil foi mais impactado pelo coronavírus, a tendência foi a mesma. A distribuição caiu 11,6%, para 5,68 milhões de MWh.
“O consumo de energia distribuída do trimestre é resultante dos impactos da pandemia do novo coronavírus, refletindo as medidas de prevenção e de distanciamento social que atingiram o país”, disse a EDP no comunicado.
De acordo com a empresa, o isolamento instaurou uma contração da produção industrial, redução da atividade comercial e elevação do desemprego, fatores que pressionaram o consumo de energia no País.
“Adicionalmente, as condições climáticas mais amenas no período (segundo trimestre) também contribuíram para a redução do consumo”, informou a elétrica.
A Neoenergia, por sua vez, informou que a distribuição no semestre apresentou uma baixa de 4,32% na comparação anualizada, para 32.543 gigawatts-hora (GWh). Já no segundo trimestre, a queda foi de 8,95%, para 15.119 GWh.
“(Houve) redução no consumo em função do impacto do Covid-19 e melhora no Mix”, disse a empresa em nota divulgada na última quinta.
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As quatro companhias da holding — Coelba, Celpe, Cosern e Elektro — registraram quedas na distribuição dos períodos mencionados. Os piores resultados foram da Elektro, com uma baixa de 9,58% no trimestre e a retração de 5,69% da Coelba, no semestre.
O lucro líquido da EDP Brasil caiu 8,5% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 271 milhões. Na mesma base comparativa, a Neoenergia, porém, apresentou um lucro líquido de R$ 577 milhões, uma alta de 17,3% durante os três primeiros meses de 2020.