A EDP (ENBR3) foi uma das empresas que mais aumentou seus dividendos nos últimos cinco anos, segundo dados da Economatica. Segundo levantamento, foram mais de 240% de incremento no patamar de dividend yield (DY) da companhia.
Agora, a EDP paga mais de 10% de DY, com cerca de R$ 2,1 pagos por ação nos últimos doze meses.
O yield, ou DY, é o indicador que mostra quanto um ativo pagou em proventos nos últimos 12 meses em relação às suas cotações atuais.
Ou seja, é a proporção da remuneração por ação ante o preço que é pago por ela, medindo assim o retorno real para o acionista simplesmente por manter a empresa em sua carteira.
Além disso, outras empresas do Ibovespa além da EDP também mostraram aumento dos dividendos expressivos em 2021 e 2022, considerando a lacuna de 12 meses padrão para o cálculo de DY.
No Top 5, praticamente todas as empresas mais do que triplicaram a distribuição de proventos aos seus acionistas.
A que teve o maior incremento foi a CPFL Energia (CPFE3), que teve alta de mais de 270% no seu DY, dados os dividendos pagos nos últimos meses.
Além disso, o retorno com as ações também foi expressivo, com 40% de alta no acumulado deste ano.
Veja as maiores altas de dividendos:
- CPFL Energia (CPFE3): 272% de aumento de DY
- Energias do Brasil (ENBR3): 246% de aumento de DY
- Iochpe-Maxion (MYPK3): 237% de aumento de DY
- Gerdau Metalúrgica (GOAU4): 221% de aumento de DY
- Gerdau (GGBR4): 193% de aumento de DY
- Brasilagro (AGRO3): 164% de aumento de DY
- Banco do Brasil (BBAS3): 163% de aumento de DY
O ranking, vale destacar, deixa de fora algumas das empresas que somam os maiores yields da bolsa atualmente. Isso acontece porque o recorte do levantamento leva em consideração os últimos cinco anos.
Nesse caso, companhias como a Petrobras (PETR4), que soma um DY acima de 50%, fica de fora pelo fato de que não pagou dividendos aos seus acionistas no ano de 2017, por exemplo.
EDP fica de fora de Top 5 de DY
Seguindo o ciclo de dividendos polpudos de 2021, quando a Petrobras (PETR4) e a Vale (VALE3) distribuíram sozinhas mais proventos do que todo o restante da Bolsa, o ano de 2022 tem mantido o caixa das companhias abertas na mão dos acionistas, com diversas empresas pagando altos proventos em relação às suas cotações.
Levantamos cinco pagadoras de dividendos que possuem os maiores dividend yields (DY) da Bolsa brasileira durante os últimos 12 meses. Os dados são da plataforma do Status Invest, atualizados no início deste mês de outubro.
Atualmente analistas da XP Investimentos apontam que o momento atual ainda é propício para esse tipo de ativo.
“Acreditamos que investimentos em Bolsa continuam oferecendo boas oportunidades no cenário atual. Em particular, ações pagadoras de dividendos seguem sendo atrativas olhando para seus ganhos acumulados ao longo do tempo”, dizem os especialistas Fernando Ferreira, Jennie Li e Rebecca Nossig.
As 5 empresas que mais pagaram dividendos até então
- Petrobras (PETR4): 51,7% de DY
- Braskem (BRKM5): 33,1% de DY
- Bradespar (BRAP4): 30,8% de DY
- Marfrig (MRFG3): 25,3% de DY
- Gerdau Metalúrgica (GOAU4): 25,3% de DY
A Petrobras, conforme citado, foi considerada a maior pagadora de dividendos do mundo pela Janus Henderson, gestora britânica. Com melhora da saúde financeira, desinvestimentos e alta do petróleo, a estatal conseguiu bater metas e pagou R$ 16,6682 por ação preferencial nos últimos 12 meses.
Com isso, o payout é de praticamente todo o lucro líquido. A companhia segue, ainda, com valorização de 81,4% nas suas ações na mesma janela.
Considerando a rentabilidade das ações e os proventos, o retorno total dos papéis PETR4 nos últimos cinco anos foi de 286%, ficando à frente das companhias como a EDP e a CPFL, que tiveram aumentos expressivos nos proventos, mas ainda tem um patamar menor em relação às empresas de commodities.