Ações da EDP Brasil (ENBR3) serão listadas na Latibex, da Bolsa de Madrid
A Bolsa de Madrid aprovou nesta quarta-feira (20) o pedido de incorporação ao mercado para listagem das ações ordinárias de emissão da EDP Brasil (ENBR3) no segmento Latibex.
Assim, as ações ordinárias da EDP Brasil serão habilitadas para negociação na Latibex a partir do dia 27 de outubro deste ano, sob o código de negociação XENBR.
A Latibex é um segmento da Bolsa de Madrid, em que são negociadas ações de companhias latino-americanas. O segmento foi criado em 1999 e permite a negociação dos ativos dessas companhias por meio de um único mercado e uma mesma moeda, o euro.
Em fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a EDP explica que a admissão da listagem na Latibex não alterará os direitos e vantagens conferidos às ações de emissão da EDP Brasil, que continuarão sendo negociadas no segmento Novo Mercado da B3.
No fechamento desta quarta (20), a ação da EDP (ENBR3) operava em alta de 3,26%, cotada a R$ 19,62. No ano, o papel acumula uma queda de 0,20%, frente ao fechamento a R$ 19,65 ao final de dezembro de 2020.
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EDP (ENBR3): Credit Suisse vê espaço para “bons dividendos”
Após o anúncio da EDP de alienação de três ativos de transmissão (blocos 24, 7 e 11), nos Estados de Espírito Santo e Maranhão, o banco suíço Credit Suisse divulgou um relatório em avalia a venda como neutra, mas mantém a avaliação da elétrica outperform (desempenho superior), com preço-alvo de R$ 24,60 em 12 meses.
A venda dos ativos da EDP somam 439 quilômetros de extensão e R$ 131 milhões de faturamento anual. A Energias do Brasil informou que o valor de mercado (valor dos ativos + dívida) dos três empreendimentos atingiu R$ 1,329 milhão.
De acordo com relatório do Credit Suisse, o valor do patrimônio dos ativos ficou ligeiramente abaixo do cálculo previsto por seus analistas. Com isso, em relação à venda, especificamente, a leitura do banco é neutra.
“Supondo uma estimativa de R$ 400 milhões para a dívida líquida dos ativos no final de 2021, o patrimônio líquido implícito total seria de R$ 929 milhões, portanto, ligeiramente abaixo do R$ 1 bilhão incluído em nosso cálculo de preço alvo“, diz relatório.
Já em relação à EDP Brasil, o banco suíço vê uma continuidade ao investir em ativos de rede e reciclar a alocação de capital, potencialmente aportando em novas unidades de transmissão, ativos de geração e distribuição. O Credit Suisse destaca que a companhia está procurando se desfazer de ativos de geração hidrelétrica.