A EDP Brasil apresentou lucro líquido acumulado de R$ 1,337 bilhão em 2019. O valor foi 5,1% maior do que o registrado em 2018. Foi o melhor resultado da empresa de energia elétrica no Brasil desde quando começou a atuar em meados dos anos 2000.
De acordo com o presidente da EDP no País, Miguel Setas, o resultado do ano passado foi puxado por melhoras nas áreas operacionais de distribuição, com revisões tarifárias “bem sucedidas” das distribuidoras do grupo, e pelo crescimento dos projetos de transmissão.
Entre outubro e dezembro de 2019, a empresa teve lucro líquido de R$ 499,3 milhões, uma baixa de 4,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No mesmo intervalo, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 873,9 milhões, um avanço de 3,1% na comparação ano a ano.
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Considerando o critério ajustado, o lucro líquido cresceu 25,5% em relação aos últimos três meses de 2018, para R$ 315,9 milhões e o Ebitda teve alta de 34,3%, para 603,9 milhões. O critério ajustado exclui os efeitos não recorrentes nos resultados.
Neste ano, a EDP tem como objetivo permanecer com o processo de “reciclagem de capital” de negócios que são vistos como “mais maduros”, como por exemplo os de geração de energia. Um ativo que está sendo avaliado para ser vendido é a hidrelétrica de Mascarenhas (ES). “É uma usina que tem 40 anos de idade, é mais velha, e tem PPAs (contratos de compra e venda de energia de longo prazo) terminando”, observa Setas.
A empresa tem como um dos focos de crescimento a área de transmissão de energia. Em 2019, inclusive, a EDP adquiriu uma linha entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, chamada “Lote Q”, que era do consórcio Braferpower.
A EDP também busca ampliar os negócios com serviços de energia, com investimentos em projetos de mobilidade elétrica e geração distribuída fotovoltaica.